Com superávit em três anos de R$ 900 milhões, a fundação suspende contribuição dos 49 mil participantes por 3,8 anos como um benefício adicional
A Viva Previdência, Entidade Fechada de Previdência Complementar (EFPC), lança, no próximo dia 12 de junho, mais um plano de previdência, com o objetivo de atender principalmente aos familiares dos seus atuais participantes, cerca de 50 mil em todo o país. O Viva Futuro, novo produto da fundação, quer estimular o planejamento de longo prazo das pessoas e mostrar a importância da previdência complementar como um projeto de vida.
Para Silas Devai Júnior, diretor-presidente da Viva Previdência, “temos um histórico de excelentes entregas e de boa relação com os nossos participantes e isso se comprova pelo alto grau de satisfação apontado nas pesquisas de atendimento. Ainda assim, temos alguns desafios pela frente como alcançar o maior número de pessoas em diferentes faixas etárias demonstrando que todos nós precisamos nos conscientizar da importância do planejamento como forma de ter um futuro com qualidade de vida e independência financeira”. Devai Jr. relata que a Viva conta com uma carteira de planos de diferentes perfis, sendo um deles criado desde 1974.
“Temos hoje mais de 20 pessoas em nosso plano mais antigo acima de 100 anos de idade”, diz o presidente da entidade. Segundo ele, a partir do lançamento do novo plano, o Viva Futuro, “pela primeira vez, vamos oferecer a 99% de nossa base um plano típico de previdência, para a família desse participante, como neto e bisneto”, diz.
Transferência de fundos
Além disso, a fundação tem atuado junto a um grupo de entidades associadas da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), da qual faz parte, com o objetivo de oferecer os serviços de administração mediante a transferência de gerenciamento de planos para a Viva. “Temos condições de oferecer uma gestão profissional aos planos que se incorporarem à Viva Previdência, com apoio na política de investimentos, taxas mais baixas de administração das carteiras e uma central de atendimento que é modelo no setor”, diz Silas.
O resultado financeiro obtido pelos planos da Viva nos últimos anos é talvez o principal chamariz para a atração de novas entidades e de familiares dos atuais participantes. De acordo com Julio Cesar Alves Vieira, diretor de Administração e Finanças da fundação, a rentabilidade líquida dos dois planos geridos pela Viva superou largamente a meta atuarial.
No caso do mais antigo, o Vivaprev, com patrimônio de R$ 2,8 bilhões e cerca de 49 mil contribuintes, em 2017 o ganho líquido foi de 16,44%, ante uma meta de 5,89%. No ano passado, mais um ótimo resultado, com rentabilidade de 12,55% para uma meta de 7,31%. Neste ano, até final de abril, 8% de ganho, para uma expectativa de 5,17%. O Geaprev também obteve resultados acima das metas atuariais.
Superávit de R$ 900 milhões
“Nos últimos três anos, obtivemos um superávit nos fundos de R$ 900 milhões, cerca de R$ 300 milhões a cada ano”, afirma Alves Vieira. Com isso, a Viva Previdência vem oferecendo benefícios aos seus participantes. A contribuição mensal dos participantes ativos do Vivaprev, por exemplo, está suspensa por um período de 3 anos e oito meses, entre maio de 2019 e dezembro de 2022, sem nenhuma mudança nos benefícios do plano.
Na opinião de Devai Jr., “essa é uma excelente notícia e mostra a eficiência de nosso comitê de investimentos”, composto por três diretores e dois gerentes, que todo final de ano definem a política de aplicações dos recursos no ano seguinte. “Em 2019, adotamos um critério ainda mais conservador, com a maior parte dos investimentos em títulos públicos e quase nada em renda variável”, conforme o diretor de Administração e Finanças. Para ele, o cenário econômico do país exige cautela ainda maior na aplicação dos recursos da fundação.