Elas na liderança

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Mulheres são maioria no setor de seguros, mas participação em cargos de alto escalão nas empresas é menor em comparação aos homens

Fonte: Revista Seguro Nova Digital, por Sergio Vitor Guerra

Executivas do mercado em postos de comando foram ouvidas pela reportagem. São elas: Stephanie Zalcman, diretora técnica de operações e estruturação da Wiz Corporate; Rosana Passos de Pádua, CEO da Coface Brasil; Elisabete Prado, CEO da Delphos; e Fátima Monteiro, presidente do CCS-RJ.

Em toda a parte do mundo, as civilizações foram constituídas pelo patriarcado e as suas sequelas são sentidas até os dias atuais. “Ainda muitas mulheres são acometidas pela ‘síndrome do impostor’, um sentimento de insegurança e incapacidade de internalizar o sucesso”, explica Stephanie Zalcman, diretora técnica de operações e estruturação da Wiz Corporate.

Stephanie é também embaixadora da Sou Segura, uma associação que trata de desenvolver a equidade de gênero no mercado segurador e preparar mais mulheres para cargos de liderança.

Já Rosana Passos de Pádua, CEO da Coface Brasil, confessa que “foi surpreendida nas primeiras reuniões com pessoas do mercado de seguros no qual é notável a massiva presença masculina, mas, também fiquei positivamente surpresa com a quantidade de mulheres à frente de seguradoras no Brasil. Então, considero que estamos no caminho certo na formação e desenvolvimento de liderança feminina na área de seguros”, afirma.

Quando chegou em 1980 na Delphos, Elisabete Prado, hoje CEO da companhia, deparou-se com um mercado que dava poucas expectativas para uma mulher postular funções de influência na empresa. “As posições designadas às mulheres eram basicamente para cargos de níveis baixos ou intermediários. Porém, as exigências eram iguais ou até mais rigorosas do que era esperado dos homens. Debates sobre o tema só começaram a ser relevantes depois dos anos 2000”, recorda.

Por décadas, as empresas se espelharam nas entidades representativas do setor de seguros nesse tema. Isso porque a maioria delas, mesmo tendo centenas de anos de existência, jamais teve uma liderança feminina. O Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ) andou na contramão desse cenário recentemente com a eleição de Fátima Monteiro como a primeira mulher presidente do clube.

Fátima lembra como se iniciou a participação mais efetiva de mulheres na entidade. “Quando Amilcar Vianna assume como presidente do Clube, ele passa a convidar mulheres para serem sócias em um mundo extremamente masculino como todo mercado de seguros. Éramos quatro mulheres audaciosas e aos poucos fomos mostrando nossa capacidade, fazendo eventos e buscando parcerias de extrema importância”, pontuou.

No CCS-RJ, Fátima promete impulsionar a participação de mulheres durante a sua gestão. “Quero aumentar o número de sócias mulheres para que haja uma maior integração em nosso universo do Clube. O intuito é que aos poucos ele seja misto em um ambiente no qual a mulher seja vista com o olhar clínico de profissional de seguros em sua plenitude”.

Elisabete Prado acredita que existem princípios básicos que as mulheres em início de carreira não devem abrir mão. “Precisam se preparar com muito estudo, leitura, autoconfiança e autoestima. Além de desenvolverem habilidades de influências posi­tivas sobre suas equipes, aprenderem a fazer uma diligente gestão do tempo e fazerem conexões estratégicas com honestidade suprema”, recomenda a CEO da Delphos.

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