Telemedicina: uma redefinição do cuidado, cinco anos após a pandemia

Google+ Pinterest LinkedIn Tumblr +

Há cinco anos, em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente a pandemia de Covid-19. Apesar da vacinação em massa e do fim da emergência sanitária em 2023, os reflexos desse momento ainda são sentidos em todo o mundo.

Além das sequelas físicas, como os casos de síndrome da Covid longa, a crise sanitária deixou um legado para a saúde mental. O isolamento, o luto e as incertezas econômicas elevaram significativamente os índices de ansiedade, depressão e transtornos psicológicos.

A necessidade de acesso rápido aos profissionais de saúde impulsionou o avanço da telemedicina. Uma pesquisa realizada pela Saúde Digital Brasil (SDB) com seus associados revelou que o uso da tecnologia salvou mais de 75 mil vidas entre 2020 e 2021. Mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados, por mais de 52,2 mil médicos, via telemedicina no Brasil.

“ O período da pandemia mostrou que é possível oferecer suporte de qualidade a distância, rompendo barreiras geográficas e facilitando o acesso a profissionais especializados ”, afirma Diovani Urbim, Diretor da Vital Help, empresa que acompanha de perto essa evolução no setor.

No Brasil, os serviços de telessaúde eram pouco explorados até o início da pandemia. Para evitar aglomerações e devido à sobrecarga de hospitais, esses serviços se expandem, fornecendo assistência médica e de saúde mental remota. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os índices de ansiedade e depressão aumentaram em 25% globalmente após o início da crise, e um estudo da Fiocruz indicou que 60% dos brasileiros se sentem menos saudáveis mentalmente agora do que antes.

Mesmo com o retorno das consultas presenciais, a telemedicina segue crescendo. A possibilidade facilita o acesso para quem vive em regiões com poucos especialistas ou enfrenta dificuldades de locomoção.

” A tecnologia veio para transformar. O futuro da telemedicina é na personalização do atendimento, na humanização das consultas virtuais e no uso inteligente dos dados para aprimorar os diagnósticos e tratamentos “, conclui Urbim.

Share.

Leave A Reply