Especial Debate Lagos
Dando continuidade ao ciclo de palestras e debates no evento, o editor do caderno de seguros do Monitor Mercantil e ex-securitário, Randolpho Souza, interliga as seguradoras através de uma linha do tempo, citando os acontecimentos marcantes e como os corretores atuavam com as modalidades de seguros existentes naquela época, até os dias atuais.
“A categoria corretores de seguros possui um peso para o setor. E a prova disso está aqui hoje, num ambiente de greve altamente desfavorável e a gente percebe a presença maciça de todos vocês num evento como esse. E isso demonstra o esforço que cada um aqui tem para levar essa atividade adiante. Vamos fazer como uma espécie de linha do tempo, de como era comercializado o seguro. Nos anos 60. Por que nos anos 60? De 1959 a 1960, comecei a trabalhar na SulAmérica, no setor de subscrição de riscos. E do que eu vi, há quase 60 anos e como as análises de riscos são feitas, há uma diferença muito grande em termo de evolução, de visão do produto. A companhia tinha um produto voltado para acidente de trabalho e era um dos carros fortes da seguradora. E tinha seguro de vida há muito tempo e o setor de saúde também tinha seu destaque naquela época. Então o corretor começou a despertar também com o seguro de pessoas, pois automóvel não tinha tamanha proporção na comercialização. O tempo passou, o seguro de auto tem um peso no mercado e em 2017, o seguro de pessoas ultrapassou a modalidade em valores e prêmios”, declarou.
Dando continuidade, o jornalista visualizava uma companhia de seguro e uma cooperativa de crédito e formatava o seu perfil de negócio de acordo com maior demanda de comercialização e a sua relação custo benefício: “A gente olha para a Mapfre: Seguro Agrícola. Vim recentemente da AgriShow em Ribeirão Preto, a companhia é uma das poucas seguradoras presentes, porque a tradição do evento é grande e lá abrange os grandes profissionais rurais, onde ela tem grande presença nesse nicho. E agora a gente olha outro patrocinador e vê o Sicoob: é uma cooperativa muito bem elaborada, bem implementada e se destaca em seu negócio em relação a qualquer atividade. E a cooperativa é um grande negócio, porque quem ganha é o cooperativado, que investe e recebe e o retorno é dele, além de poder trabalhar com taxas menores e a mesma gira em torno de 2,5% a 3%, e os bancos estão numa faixa de 5% a 6%. E todas as taxas bancárias atualmente custam caro”, especificou.
Para valorizar as atividades voltadas para a categoria, ele finaliza: “A gente vê o mercado de seguros através dos corretores como uma forma interessante de como a gente pode visualizar o dia a dia de cada um de vocês. O mesmo seguro que você vende em Búzios, você não vai vender no Acre. E o que deve ser levado em conta, é a realidade do segurado, sabendo sempre o que ele precisa e tentar ao máximo amenizar o aborrecimento na hora do sinistro, é uma das metas principais do profissional”, concluiu.