Recolocação profissional aumentou em 2021

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São Paulo,SP 10/2/2022 – Muitas pessoas me procuram e dizem que não estão felizes, mas afinal, que é não estar feliz?”, diretora de transição e CEO da Success People

Pesquisa da Success People indicou que o setor comercial foi o que mais empregou

O ano começou e a pandemia prossegue. Segundo especialistas da saúde, esse cenário deve persistir ao longo de 2022. Aliado a isso, este é um ano eleitoral em um país que atravessa uma recessão econômica. Ao olhar para 2021, é possível perceber que o contexto não foi muito diferente. Mesmo assim, muitas pessoas decidiram transformar áreas pessoais. Uma delas foi a profissional. Em um levantamento feito pela Success People, houve um aumento expressivo de pessoas que conseguiram recolocação profissional. De acordo com dos dados dessa pesquisa, o setor comercial liderou essa absorção de novos profissionais, incorporando 26% deles, seguido pelo setor financeiro, com 21%, área de Supply Chain, industrial e TI, empregaram 10% cada segmento, área jurídica, com 8%, marketing e engenharia, 5% cada. Essa tendência de contratação que começou em 2021 deve ter continuidade em 2022.

Obter resultados positivos em meio a um cenário de pandemia pode ser possível. Segundo dados do cadastro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).  O Brasil criou 2,5 milhões de empregos com carteira assinada de janeiro a setembro de 2021, um avanço em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram fechadas 559 mil vagas. Em setembro, o país abriu 314 mil postos de trabalho. Foi o 8º mês seguido na criação de empregos formais. Sobre esse contexto, a diretora de transição de carreira e CEO da Success People, Neiva Gonçalves, explica que conhecimento estratégico alinhado às necessidades do mercado de trabalho ajudam nesse processo de reintegração. “Esse caminho deve permanecer em 2022”, comenta.

Por outro lado, segundo a especialista, muitos mudaram a rota profissional. Ela reforça que os longos meses de isolamento social impostos para conter o avanço do vírus deram espaço para que as pessoas refletissem, o que gerou questionamentos. “Será que estou fazendo realmente o que eu quero? Estou no trabalho que tem a ver com o meu propósito?”, exemplifica.  Outra preocupação salientada por Neiva  é a felicidade associada à execução da carreira. “Muitas pessoas me procuram e dizem que não estão felizes, mas afinal, que é não estar feliz?”, indaga, relatando que é importante encontrar o motivo dessa infelicidade (um ambiente tóxico, relação com os colegas, com o gestor, valores pessoais desalinhados com a empresa…).

A headhunter sócia da Conecta + Recursos Humano, Cristiane Gonçalves Siggers, explica que para as empresas 2021 foi um período de ciclos. “Primeiro momento, foi de paralisação e observação da pandemia e no segundo momento, já que passaram quase dois anos, começou o movimento de empresas buscando as pessoas e vice-versa”, avalia. A área que mais contratou na visão dela é de tecnologia. “É unânime perceber a necessidade e contratação de tecnologia”, enfatiza. Como headhunter, esclarece que é um trabalho que seleciona a pessoa certa para ocupar posições mais exigentes, estratégicas. “As funções mais fáceis são preenchidas pela própria empresa”, assinala.

Home office e trabalho híbrido

Duas expressões que ganharam notoriedade na pandemia foram home office e trabalho híbrido (modalidade que permite conciliar dias de trabalho em casa e dias in loco). A exigência de que as pessoas ficassem em isolamento social para conter a propagação do coronavírus fez com que os modelos antigos de trabalho fossem desconstruídos e dessem espaços a novos formatos, como o home office e trabalho híbrido. O estudo mais recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), publicado em julho de 2021, utilizou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compilaram e consolidaram os resultados de maio a novembro de 2020.

Neste período, na média, a população ocupada e não afastada no país foi de 74 milhões de pessoas, sendo que 8,2 milhões, ou seja, 11% exerceram suas atividades laborais de forma remota. Cristiane é enfática ao avaliar essa mudança. “O home office veio para ficar, o modelo de trabalho de 2020 ficou lá e não deve mais ser o mesmo”, comentou. A headhunter destaca que a produtividade aumentou com a nova modalidade. “As pessoas ficaram mais produtivas, o que teve seu lado positivo, mas também negativo, à medida que não souberam dosar e trabalharam demais, desenvolvendo problemas psíquicos e até Burnout”, relata, referindo-se ao Burnout, a Síndrome do Esgotamento Profissional que se caracteriza como um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.

Neiva reitera e acrescenta que o modelo híbrido deve prevalecer. “Muitas empresas aderiram a esse sistema, que foi antecipado pela pandemia, e organizaram de dois a três dias por semana no escritório ao perceberem os benefícios para os dois lados da relação”, esclareceu. Cristiane disse que o modelo híbrido é a primeira mudança que deve se consolidar em 2022. “Você pode contratar uma pessoa que está em outro estado, em outra cidade, promovendo uma quebra geográfica, mais uma mudança”, pontua.

Desafios para 2022

Pandemia, ano eleitoral e recessão econômica. Essa tríade dá o tom de 2022. Ainda assim, o sonho de mudar de carreira pode sair do papel.  A hora certa para mudar não é uma falácia popular, na opinião das duas especialistas. “A vida dá sinais”, comentou Cristiane. Ela orienta as pessoas a fazer contatos com seu networking e procurar vagas. “Antes a gente procurava no jornal hoje procuramos na internet”, compara

Neiva elenca habilidades que o profissional deve desenvolver para ser mais bem-sucedido. “Conhecimento, flexibilidade, empatia”. A diretora da Success People acredita que a pessoa precisa de foco, entender as suas necessidades e prioridades e não se intimidar diante dos problemas sociais. “Mesmo com todas as restrições e sofrimentos que passamos, não podemos ficar travados”, enfatiza. Ela entende que 2022 deve ser um ano de continuidade da evolução profissional, com pessoas mais disciplinadas para atingirem seus patamares profissionais.

Website: http://www.successpeople.com.br

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