Testes de eficácia das máscaras de proteção são realidade no Brasil e na Europa

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19/7/2021 –

A certificação feita por empresa alemã de segurança avalia a proteção e impermeabilidade de diferentes modelos

Desde o ano passado, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o uso de máscaras em locais fechados e também em áreas públicas, o consumo do item de proteção aumentou. De acordo com o compilado de dados fornecidos pelo The New York Times, JHU CSSE COVID-19 Data, Our World In Data e outros grandes veículos de imprensa, de março de 2020 a junho deste ano, foram mais de 174 milhões de casos da covid-19 em todo o mundo. Com o crescente número de casos ao longo dos meses, a OMS mudou a orientação quanto ao uso de máscaras caseiras, redobrando a atenção para a proteção contra as variantes do novo coronavírus.

Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo em maio de 2021 comparou a eficácia de diferentes tipos de máscaras: algodão e tecidos sintéticos, cirúrgicas, TNT e a PFF2 ou N95. A pesquisa avaliou a concentração de partículas presentes nas mesmas após passagem pelo jato de aerossol controlado. De acordo com o experimento, os modelos com resultados mais satisfatórios foram as máscaras cirúrgicas e as do tipo PFF2 e N95, que apresentaram filtragem entre 90% e 98% das partículas de aerossol. Em segundo lugar estão as máscaras de TNT, feitas de polipropileno, que conseguiram filtrar 80% a 90%. As menos eficientes foram as máscaras caseiras de tecido com variação de 15% a 70% no bloqueio das partículas e média de 40%.

Na Europa, após a primeira fase de pandemia, a Comissão da União Europeia (UE) decidiu abrir caminho para o teste rápido de máscaras, pois grande parte dos modelos comercializados pelos países europeus no início da pandemia não apresentavam garantia de eficácia. Com base no teste rápido, a DEKRA, empresa líder mundial em Teste, Inspeção e Certificação (TIC), testou máscaras em seu laboratório especial e constatou que 80% das máscaras consumidas de março a setembro de 2020 não atendiam aos critérios de testes e não deveriam ter sido colocadas à venda. A empresa especializada avaliou mais de 1.500 fabricantes no período citado e estimou que 50% das máscaras em circulação na Alemanha não passaram por uma avaliação de segurança.

Por isso, desde outubro, o teste rápido não é mais possível, após decisão da Autoridade de Mercados que exigiu que fossem comercializáveis apenas as máscaras FFP, que são equivalentes à PFF2 brasileira, submetidas ao rigoroso Procedimento de Avaliação de Conformidade da UE e que possuíssem o rótulo CE. Como apenas o primeiro modelo é certificado, a DEKRA realiza a avaliação dos modelos posteriores, FFP2 e FFP3. O desempenho do filtro e impermeabilidade da máscara são testados e como o organismo de certificação é identificado pelo número de 4 dígitos após o CE, as máscaras testadas pela DEKRA possuem a etiqueta CE 0158. Os especialistas DEKRA trabalham por mais de 150 horas para o procedimento de comprovação completo, analisando cada tipo e as diferentes classes de proteção e de permeabilidade entre os modelos, a fim de garantir a proteção e segurança no trabalho, no transporte público e também em ambientes externos.

Website: http://www.dekra.com.br

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