Uberlândia – MG 8/4/2021 –
Inovação no setor civil, a tecnologia é obrigatória na execução de obras e serviços de engenharia
A tecnologia BIM (Building Information Modeling) tem sido bastante difundida pelo país. Prova disso é a obrigatoriedade da utilização dessa tecnologia na execução de obras e serviços de engenharia, lançada pelo Governo Federal na Estratégia Nacional de Disseminação do BIM, em 2020. Por isso, com foco na atualização constante dos alunos, a Uniube aderiu a essa tecnologia e aplicou nos processos de ensino e aprendizagem dos alunos de Engenharia Civil.
A inovação BIM no setor de Engenharia Civil visa promover um ambiente integrado, de informações detalhadas e organização de todas as áreas de um projeto. O professor dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia de Produção da Uniube, Tiago Dias Toitio, explica que a tecnologia possibilita inúmeras vantagens no campo da construção civil. “Esses conceitos da tecnologia BIM já são aplicados desde muito tempo, e com excelentes resultados na área industrial, que geralmente exige um processo técnico superior. Agora, a construção civil está absorvendo esses conceitos, e o aumento das inovações tecnológicas é um caminho natural”.
Ainda segundo o professor, o BIM é um desenho de fluxos e processos que facilita a organização de informações. “Não é uma mera modelagem tridimensional do edifício, embora seja muito relevante o modelo virtual para esta metodologia. Com isso, é importante ressaltar que projetos com informações meramente visuais em 3D não se enquadram na definição de BIM”, complementa.
A Modelagem de Informação de Construção (BIM, no português) é uma tecnologia relativamente nova no que tange à Engenharia Civil brasileira, mas apresenta grandes benefícios, como os apontados pelo arquiteto e urbanista, professor do curso de Engenharia Civil na Uniube Uberlândia, Tarcísio Marques da Silva. “Os benefícios que colhemos hoje estão no planejamento e execução da edificação e tem como objetivo reduzir custos e desperdícios na sua produção. Isso se torna possível pelo fato de o edifício ser inicialmente produzido virtualmente, de tal forma que a maioria dos imprevistos de sua execução “in loco” são controlados. Este novo método demanda uma adequada estruturação e gestão das informações referentes à obra, antes do seu início”, afirma.
Ainda segundo o professor, quanto melhor desenhado o fluxo da produção da edificação, maiores são os ganhos de tempo e de recursos para as empresas, o que diminui os riscos para lidar com incompatibilização de projetos e perdas.
Nesse período de pandemia, profissionais que dominam essa nova técnica estão sendo mais procurados, uma vez que ela possibilita o trabalho simultâneo em um mesmo projeto. Assim, os profissionais podem realizar o trabalho em casa.
O arquiteto e urbanista, professor nos cursos de Engenharia Civil e Ambiental na Uniube, Moisés Keniel, conta como esse conteúdo é integrado na grade curricular do curso de Engenharia Civil. “A Uniube Uberlândia possui professores com formação ampla no tema, participando inclusive como palestrantes em feiras da construção civil de renome nacional. Trabalhamos com o BIM, observando que se trata de uma metodologia, e não apenas de um software, em diversas disciplinas. A Universidade constantemente disponibiliza aos discentes palestras na área, bem como possui parcerias com empresas produtoras de softwares, para que os alunos e docentes possam utilizá-los academicamente. Nas salas de aula, os docentes são estimulados a utilizarem a tecnologia, principalmente nas disciplinas que envolvem projetos e gerenciamento de obras”, complementa Keniel.
A tecnologia BIM veio para valorizar o mercado de trabalho, e os profissionais que a dominam conseguem se destacar, uma vez que essa inovação garante um mínimo de desperdícios de recursos, tanto na obra quanto financeiros. Consequentemente, é importante que os cursos graduação em engenharia civil se preocupem não só com a formação acadêmica dos estudantes, mas também com a formação no âmbito profissional, com novas tecnologias, preparando de fato esses indivíduos para um mercado de trabalho inovador.
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