São Paulo 11/5/2021 – As empresas devem fazer um diagnóstico em relação às necessidades do novo cliente pós-digital e estabelecer uma estratégia de adaptação ao mundo pós-digital.
A competitividade em uma economia global depende da capacidade das empresas em gerar inovação tecnológica que permita criar valor agregado para seus clientes e para própria organização.
A expansão das tecnologias emergentes desencadeou o surgimento de uma nova estrutura social pautada na interdependência global em rede. Na sociedade pós-digital, a informação assume o papel de principal recurso econômico. A competitividade em uma economia global depende da capacidade das empresas em gerar inovação tecnológica que permita criar valor agregado para seus clientes e para própria organização.
Um estudo da empresa Accenture, o Accenture Technology Vision 2019, realizado com mais de 6 mil executivos de negócios, marketing e tecnologia das principais economias mundiais, identificou que 45% relataram que o ritmo de inovação em suas empresas foi acelerado nos últimos três anos devidos às tecnologias emergentes. E com a pandemia causada pelo novo coronavírus em 2020, os investimentos em infraestrutura de TI e tecnologias emergentes devem ser intensificados, acelerando ainda mais a digitalização no ambiente de negócios.
A vida das pessoas foi (e continuará sendo) transformada pela tecnologia. Elas estão ávidas por novas experiências digitais, globais e em rede. A internet passa a ser o principal canal de relacionamento entre marcas e consumidores, e esta comunicação pode ser benéfica ou maléfica para a imagem das organizações, fazendo-se necessário adaptar a publicidade e o marketing para a atual realidade da sociedade pós-digital. Esta sociedade é caracterizada por uma presença tão onipresente da tecnologia digital, que nem percebe-se que ela está lá.
Para se destacar nesse novo cenário competitivo, as marcas devem despertar desejo de consumo por meio da criação de sensações e experiência inéditas. Conforme pesquisas realizadas pelo CDL e pelo SPC Brasil, o consumidor pós-digital está inquieto, volátil e em constante busca pela satisfação de seus desejos e necessidades. As mudanças comportamentais e culturais junto com as novas mídias trazem inúmeros desafios e oportunidades. As estratégias de marketing precisam ser reinventadas neste novo contexto. É preciso reinventar o conceito das empresas, renovando portfólio de produtos, serviços e modelos de negócios constantemente. Este relacionamento entre a empresa e a sociedade, em especial com seus clientes, depende de novas estratégias de marketing, que permitam criar esta nova conexão com os nativos digitais.
O marketing de influência, que utiliza influenciadores nas redes sociais para promover marcas e produtos, é uma estratégia pós-digital que gera conexão com os clientes e tem se demonstrado aderente à nova realidade. Os clientes querem se relacionar com suas marcas favoritas em todos os canais. Nas lojas físicas, nas diferentes plataformas digitais, e ter uma experiência diferente e grandiosa em cada uma delas. Com a COVID-19, a necessidade de ser omnichannel se tornou urgente, devido às restrições impostas ao funcionamento dos estabelecimentos físicos. Mas a importância de estar presente nas plataformas e redes sociais já era uma tendência, algo que foi antecipado e acelerado por muitas organizações desde 2020.
Dessa forma, é oportuno que as empresas façam uma reflexão, um diagnóstico da sua situação em relação às necessidades desse novo cliente – o cliente pós-digital – e, à partir desta análise, estabeleça uma estratégia para iniciar ou acelerar o processo de adaptação de sua empresa ao contexto do mundo pós-digital.
Prof. Dr. Cláudio Carvajal – Coordenador Acadêmico no Centro Universitário FIAP.
Website: http://www.fiap.com.br