São Paulo, SP 5/5/2021 –
A pandemia mostrou para muitos novos conceitos e necessidades adicionais ao lar. E aliado às baixas taxas dos juros e às diversas linhas de crédito que os bancos oferecem, o financiamento imobiliários tem impulsionado as vendas de imóveis na cidade de São Paulo
Com a pandemia, a procura por imóveis maiores com espaços amplos e confortáveis cresceu, já que muitos brasileiros passaram a trabalhar no modelo home office. E as baixas taxas de juros do financiamento têm impulsionado as vendas de imóveis na cidade de São Paulo.
Desde 2012, quando começou a série histórica do Portal dos Registradores de Imóveis, que armazena todos os dados de transferência de bens imobiliários de quase todo o Brasil, nunca foram financiados tantos imóveis como agora. O ano de 2020 bateu o recorde de alienação fiduciária, ou seja, de financiamentos imobiliários com o imóvel em garantia, quando somou 79.299 registros.
De acordo com o relatório do Banco Central, os dados comprovam a boa fase do crédito imobiliário no país. Só no mês de janeiro de 2021, somou R$ 735.855.905.827,36 em operações de crédito destinadas à construção, reforma, ampliação e aquisição de unidades residenciais e comerciais. No mês seguinte também é possível notar crescimento ao registrar R$ 743.061.438.777,98 financiamentos.
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 18,35 bilhões em março de 2021 quando financiaram 81,9 mil imóveis nas modalidades de aquisição e construção. Esse foi o maior número de imóveis financiados em um único mês.
E os resultados continuam surpreendendo. Os três primeiros meses de 2021 somaram R$ 43,09 bilhões de financiamentos imobiliários, uma alta de 76,1% em relação ao mesmo período de ano passado, quando foram financiados 187,6 mil imóveis, 137,3% superior ao mesmo período de 2020.
Com esse resultado, o primeiro trimestre de 2021 foi o melhor desde 1994, quando começou a série histórica da Abecip.
Não é novidade que a pandemia mostrou para muitos novos conceitos e necessidades adicionais ao lar. O crédito para imóveis voltou a ser atrativo e as baixas taxas de juros estão estre os principais motivos para o crescimento na busca para comprar imóveis.
De acordo com o indicador do Sindicato da Habitação – Secovi, no acumulado dos últimos 12 meses (março de 2020 e fevereiro de 2021), foram comercializados 52.886 imóveis. O resultado representa um crescimento de 1,1% em relação ao mesmo período de 2019/2020.
Pois, além das taxas de juros abaixo da média nas últimas décadas, os bancos também criaram novas linhas de financiamento imobiliário para poder atender os mais variados perfis de público.
Para cada tipo de público, um índice de correção diferente. Contudo, cada comprador precisar estudar o seu orçamento financeiro analisar a vantagens de cada linha e avaliar as condições e os riscos que vão querer correr a curto, médio e longo prazo. Se a ideia for amortizar esse financiamento em um curto período, talvez, o interessante seria arriscar nas novas modalidades, IPCA ou Poupança, porém, se a ideia é a longo prazo, nos 30 anos, a TR é a recomendada, mesmo que neste cenário pareça mais cara, porém o risco será menor com as taxas iguais durante os 360 meses.
A tendência é os imóveis e os financiamentos ficarem mais caros a partir do segundo semestre, pois à medida que a economia do país começar a sentir os efeitos das dívidas públicas ocorridas na pandemia, as taxas de juros do crédito imobiliário subirão gradativamente.
Já é possível notar pelo Índice Nacional de Custo da Construção – INCC, que acumula alta de 12,22% nos últimos 12 meses. Resultado esse está relacionado aos altos custos dos insumos, que têm subido acima da inflação. Por isso, as construtoras terão que empreendimentos com os valores dos imóveis mais caros.
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