8/4/2021 – “Podemos dizer que os FIPs-IE estão hoje, onde os FIIs estavam há alguns anos, em um mercado pouco explorado e com menor competição”, diz Ricardo Propheta
O Porto Itapoá, um dos maiores terminais de contêineres do Brasil, bateu recordes de desempenho financeiro no ano passado e mostra boas perspectivas para 2021
No início da pandemia, as projeções para o comércio mundial não eram positivas. A previsão era de baixa nas importações e exportações (-22,2% e -12,9%, respectivamente), na América do Sul, de acordo com levantamento da Organização Mundial do Comércio (OMC). Mesmo assim, contrariando as expectativas, o setor portuário brasileiro registrou crescimento no período. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), em 2020, os terminais de contêineres do país registraram uma movimentação de cerca de 10,6 milhões de TEUs (Twenty-foot Equivalent Units), um crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior, que registrou cerca de 10,4 milhões de TEUs.
“De fato, as expectativas para 2020 não eram as melhores. Com a crise provocada pela pandemia, as projeções se tornaram mais conservadoras. Apesar disso, o Porto Itapoá mostrou boa movimentação em 2020 e isso se refletiu nos resultados financeiros”, explica Ricardo Propheta, Diretor da BRZ, gestora do fundo BRZ Infra Portos que detém 22,9% de participação societária indireta no Porto de Itapoá, em Santa Catarina.
Propheta revela que o porto apresentou exponencial desempenho em 2020 e fechou o ano com resultados financeiros recordes. Foram R$ 72 milhões em lucro líquido, um resultado 75% maior que o registrado em 2019. “Os resultados recordes foram reforçados pelo desempenho no último trimestre de 2020, mostrando uma tendência positiva para a entrada de 2021, apesar do cenário adverso imposto pela pandemia”, explica Propheta.
O desempenho preliminar do primeiro trimestre deste ano já demonstra o potencial de crescimento do Porto Itapoá, que hoje já conta com capacidade para movimentar 1,2 milhão de TEUs, e ainda tem disponibilidade de área própria e licenças para projetos de expansão que aumentam a capacidade para além de dois milhões de TEUs.
De acordo com Propheta, a expectativa positiva vai além das movimentações portuárias. Com as expectativas de crescimento e investimento privado na infraestrutura do país, nos próximos anos, os FIPs-IE (Fundos em Participação de Infraestrutura) ganharão destaque. “Podemos dizer que os FIPs-IE estão hoje, 2021, onde os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliários) estavam alguns anos atrás, ou seja, em um mercado pouco explorado, com menor competição e, muitas vezes, com margens menos comprimidas, gerando grandes oportunidades para quem está olhando mais à frente”, completa.
O BRZ Infra Portos (BRZP11) é um desses fundos de infraestrutura (FIP-IE) que tem como estratégia investir em companhias do setor portuário brasileiro e participar da gestão de forma ativa. Lançado em fevereiro do ano passado, atualmente possui participação acionária no Itapoá Terminais Portuários S.A. e captou R$ 616 milhões com uma base de 4,3 mil investidores.
Enquanto a pandemia e outras ocorrências no mercado financeiro impactaram o preço do papel BRZP11, o ativo investido pelo fundo, o Porto Itapoá, mostrou-se resiliente e sólido, apresentando resultados recordes em um momento em que vários outros setores sofreram. Nesse contexto, há uma oportunidade interessante para análise do investidor, que pode acessar um ativo que manteve seus diferenciais competitivos e a boa performance em 2020, mas que não foi refletido no preço da cota do Fundo.
“Os excelentes resultados apresentados são mais uma oportunidade de reforçar a capacidade de geração de valor do ativo investido. Nossas expectativas são ainda maiores para os próximos anos. Com base em análises de uma consultoria independente, a Leggio, o EBITDA projetado do Porto Itapoá pode passar de R$ 238 milhões, em 2021, para R$ 492 milhões em 2025, mostrando-se uma excelente opção para o público qualificado”, completa Propheta.
O investidor pessoa física, em fundos de infraestrutura, tem benefício fiscal (isenção ou alíquota zero) sobre rendimentos distribuídos e sobre ganho de capital, potencializando o retorno esperado para esta classe de investidores. No caso do BRZP11, esses benefícios são reforçados pelo potencial de expansão do ativo investido e pelos diferenciais competitivos do mesmo. Novas rodadas de captação estão sendo estudadas para aumentar a participação no Porto Itapoá e/ou para abrir oportunidade para novos investimentos no setor.
“Uma grande virtude no mundo dos investimentos é perceber as oportunidades antes que todos as vejam. É um ótimo momento para os investidores se atentarem aos FIPs-IE, com projetos sólidos e altas expectativas de retorno”, finaliza Propheta.
Website: http://www.brzinfraportos.com.br