6/5/2021 – Há uma relação quase simbiótica entre homens e máquinas, sobretudo no aspecto social.
IA emocional torna possível entender, simular e responder às emoções humanas.
Há uma relação quase simbiótica entre homens e máquinas, sobretudo no aspecto social. Com a evolução da Inteligência Artificial (IA), essa relação se intensifica. A IA é a inteligência humana inserida em softwares, sistemas e plataformas que simulam a capacidade humana de raciocinar e resolver problemas. À medida em que as tecnologias de IA aprendem a interpretar e a responder às emoções humanas, será expandido cada vez mais a possibilidade de avançar em praticamente todas as áreas, de saúde a campanhas de publicidade.
No que diz respeito à compreensão da linguagem, a inovação é a IA de conversação. Nesse caso, a inteligência artificial que faz com que um software entenda e interaja naturalmente, usando linguagem falada. Ela permite a interação com a máquina como se fosse uma conversa entre humanos. As plataformas de conversação são uma evolução dos chatbots com os quais a população está costumada e com os quais nem sempre a comunicação é fluída e sem empecilhos.
Chatbots versus IA de conversação
Chatbots e plataformas com IA de conversação funcionam de forma similar, porém possuem uma diferença fundamental. Os chatbots simulam a conversa humana, mas apresentam limitações. Eles dependem de palavras-chave e de outros sistemas para que possam dar as respostas necessárias, enquanto a IA de conversação é capaz de decifrar linguagens e interpretar inclusive intenções na fala e expressões.
Ambos usam o Processamento de Linguagem Natural (PNL), que, por sua vez, engloba dois processos: a Compreensão da Linguagem Natural (NLU, do inglês Natural Language Understanding) e a Geração da linguagem Natural (NLG, Natural Language Generation). O NLU usa a análise sintática e semântica para determinar o significado de um enunciado (escrito ou oral). Já a NLG possibilita a escrita, de forma que a máquina pode responder por texto que, por meio de outros sistemas, podem ser convertidos em linguagem falada.
Esse ramo da IA visa tornar os computadores capazes de compreender palavras ou textos falados, da mesma forma que os seres humanos.
A PNL combina modelos de aprendizado profundo e aprendizado de máquina para tornar isso possível. Ele permite que os computadores compreendam o sentimento e a intenção de quem fala, superando, inclusive, obstáculos como uma pronúncia incorreta ou uma palavra mal-empregada. Ou seja, pode compreender a fala humana mesmo que ela não seja a mais correta ou clara.
A evolução no uso dessas tecnologias faz com que a sociedade avance cada vez mais em direção a uma realidade em que máquinas e sistemas sejam capazes de agir como humanos, com habilidades como manter uma conversa coerente e compreender emoções. É a chamada IA emocional, que torna possível entender, simular e responder a emoções humanas.
Aos poucos, as máquinas capazes de analisar enormes quantidades de dados se tornarão também aptas a reconhecer reações, como demonstração de raiva, tristeza ou estresse. A capacidade de escrutinar imagens nos mínimos detalhes, por exemplo, faz com que sejam capazes de detectar microexpressões no rosto de uma pessoa, que podem passar despercebidas para muitas pessoas, e associá-las a estados de espírito.
Como disse a cientista da computação Rana el Kaliouby, o paradigma não é mais humano versus máquina, e sim a máquina fortalecendo e aumentando o poder humano.
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