Tecnologia é aliada de CFOs em negociações com equipe executiva

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Estudo da EY aponta as contradições que diretores financeiros enfrentam no dia a dia; para especialista da Dattos, transformação digital pode ajudar profissionais a serem mais estratégicos

De acordo com o relatório Global DNA of the CFO, divulgado pela EY, os diretores financeiros enfrentam contradições em suas rotinas de trabalho ao precisarem gerar valor a longo prazo, ao mesmo tempo em que são pressionados para cortar investimentos prioritários. Metade dos entrevistados informou à pesquisa que, para atingir ganhos imediatos, precisará cortar o financiamento de áreas que também são consideradas estratégicas para benefícios futuros. Segundo o estudo, para resolver esse problema os CFOs devem estabelecer e manter relações de confiança com a diretoria, além de serem capazes de fornecer insights relevantes a partir dos dados financeiros para contribuir com as tomadas de decisão.

No Brasil, uma das empresas que está atenta às transformações no papel do CFO dentro de grandes corporações é a Dattos, plataforma para automação de análises financeiras. De acordo com o diretor financeiro da startup, Luiz Fialho, o principal desafio a ser resolvido é em relação ao volume de dados administrados por esse departamento – e que, segundo ele, pode ser o pontapé inicial para a estruturação de times mais estratégicos. Dados de outra pesquisa da EY revelaram que 59% dos recursos do departamento financeiro são gastos em processos manuais e que os colaboradores gastam 800 horas por ano em planilhas e retrabalho.

“Quando uma equipe perde tanto tempo em atividades básicas, realizadas de forma manual, sobra pouco espaço para uma análise mais detalhada do cenário financeiro. É um efeito dominó: os analistas estão sobrecarregados e conseguem fazer apenas repasses simples, e o diretor financeiro fica sem um olhar mais estratégico sobre o que está acontecendo na empresa”, argumenta Fialho. “Com a oferta de tecnologias de automação como a Dattos, vemos um cenário no qual atividades como a preparação dos dados são concluídas rapidamente, a equipe tem mais tempo para analisar o cenário com atenção e tomar as medidas mais adequadas para cumprir com os objetivos a curto e a longo prazo”, complementa.

A pesquisa da EY identificou que os programas ESG são os mais vulneráveis a sofrerem cortes quando CFOs precisam balancear as expectativas de longo prazo com a entrega de resultados imediatos, ainda que esses diretores considerem a agenda uma prioridade para a empresa. A adoção de novas tecnologias e a inovação digital também entram nesse escopo. “É uma situação complicada, porque por falta de um olhar estratégico das finanças, a diretoria abre mão de inovações que poderiam ser vantagens competitivas para as empresas”, afirma o CFO da Dattos.

Tecnologia aplicada no dia a dia dos CFOs

No mercado desde 2018, a Dattos oferece soluções em automação de processos de conciliação contábil, padronização e centralização de informações financeiras. Mais recentemente, passou a contar com serviços de automação da preparação de dados para diferentes tipos de análises financeiras de forma 100% no code, além de oferecer uma ferramenta atrelada à inteligência artificial. Com a plataforma, já ajudou empresas a reduzirem o tempo no processamento de conciliações de uma semana para 2 dias, por exemplo, oferecendo ganho de tempo efetivo e proporcionando melhorias internas nas áreas parceiras.

“A pesquisa da EY fala sobre a importância dos CFOs de fornecer insights relevantes a partir dos dados financeiros, o que eu acredito que mostra a importância de um olhar para os novos perfis dos profissionais de finanças. Com a análise de dados quase que em tempo real, departamentos financeiros deverão ser capazes de visualizar informações e compreender como elas vão impactar os processos da companhia, identificar riscos internos e externos, tocar projetos de forma mais eficiente e realizar entregas conforme o potencial de transformação”, alega Fialho.

O executivo também pondera sobre o papel fundamental desses profissionais em momentos turbulentos da economia. “Vimos um começo de ano repleto de lay-offs, empresas com dificuldade de conseguir investimentos, um cenário desafiador. Um olhar em tempo real para as finanças, em um contexto em que os analistas e os c-levels têm tempo para avaliar e tirar os melhores insights da situação, com certeza poderia ter feito a diferença para muitos negócios”, finaliza.

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