Seguradoras enfrentam desafios crescentes com eventos climáticos extremos, aponta Nottus

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Os recentes prejuízos causados pelas queimadas em várias regiões do Brasil e as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, que dobraram as indenizações de seguros automotivos, acenderam um sinal de alerta no setor de seguros. Em São Paulo, os prejuízos nas propriedades rurais, especialmente em plantações de cana-de-açúcar, já superam a marca de R$ 1 bilhão. No Rio Grande do Sul, as indenizações já somam mais de R$ 1,7 bilhão nos primeiros cinco meses do ano, um aumento de 104% em comparação ao mesmo período de 2023, de acordo com dados da CNseg.

“As análises meteorológicas permitem prever eventos climáticos adversos, como tempestades, enchentes, secas, incêndios florestais, entre outros. Com base nessas análises, as seguradoras podem identificar áreas geográficas mais vulneráveis e ajustar suas apólices com base no risco, precificando os seguros de maneira mais precisa e ajustando coberturas conforme necessário”, diz Alexandre Nascimento, sócio-diretor e meteorologista da Nottus, empresa de inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios.

Diante da intensificação de eventos climáticos extremos, as seguradoras estão revendo suas estratégias de gestão de risco, buscando respostas para um cenário cada vez mais imprevisível. A frequência e a gravidade de desastres naturais, como incêndios florestais, enchentes e tempestades, estão gerando um aumento expressivo no número de sinistros, o que ameaça a sustentabilidade financeira do setor. Nesse contexto, a análise de dados meteorológicos e modelos preditivos se tornaram ferramentas estratégicas para as empresas do ramo.

Alexandre Nascimento destaca a relevância crescente da consultoria meteorológica para o setor de seguros. “A demanda por dados precisos e análises meteorológicas robustas vem se tornando essencial para diversos segmentos de negócios. As seguradoras que apostarem em modelos avançados de análise de risco, somados a parcerias estratégicas com consultorias especializadas em meteorologia, terão uma posição mais sólida para enfrentar e mitigar os impactos da crise climática no setor”, afirma.

O meteorologista também aponta como a utilização de dados meteorológicos pode ajudar a reduzir sinistros. “As seguradoras podem usar essas informações para ajudar seus clientes a tomar medidas preventivas antes de eventos climáticos severos. Por exemplo, alertas antecipados sobre uma tempestade iminente podem permitir que proprietários de imóveis ou veículos se preparem, minimizando os danos e, consequentemente, os sinistros”, acrescenta.

 

Com o aumento expressivo no número de ocorrências de coberturas, o setor precisa se adaptar a uma nova realidade imposta pelas mudanças climáticas. A consultoria meteorológica tem se consolidado como um aliado estratégico para o setor de seguros, permitindo a antecipação e a avaliação mais precisa dos riscos climáticos.

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