Eduardo Shinyashiki
A mulher vem cada vez mais galgando grandes e merecidos espaços no mercado de trabalho. Apesar disso, infelizmente sua presença em cargos de liderança no mundo é de apenas 15%, segundo a pesquisa Women in the Boardroom – a global perspective, realizada pela Deloitte.
Esse resultado é um desperdício. A liderança feminina possui características particulares, que são de grande valia para a gestão das empresas moderna. Entre elas, estão a flexibilidade, adaptabilidade, inovação, empatia, resiliência e criatividade, que até pouco tempo atrás eram julgadas secundarias à gestão das organizações, mas hoje são consideradas extremamente importantes para promover mudanças nas empresas e para guiar os colaboradores nos novos desafios que os tempos atuais exigem.
Tão diferenciada é a liderança feminina que pode representar mais lucro para a empresa. Um estudo da consultoria americana McKinsey revelou que ter mulheres em cargos de liderança aumenta em até 21% as chances de uma empresa ter resultados acima da média. Algumas características que têm como origem o papel cultural e tradicional da mulher podem explicar a conclusão da pesquisa.
Habilidades como a facilidade para a criação de equipes unidas e cooperativas, o pensamento sistêmico e em “redes”, mais atento a fazer conexões entre informações diferentes e a adaptação a mudanças e a novos contextos com mais flexibilidade – pois são menos ligadas a paradigmas profissionais do passado e a pensamentos automáticos do tipo: “sempre foi assim”-, contribuem para a produtividade dos colaboradores e equipe como um todo, elevando assim os resultados.
Mesmo existindo ainda fatores socioculturais ligados à organização do mundo coorporativo que tradicionalmente e por muitos séculos foram masculinos, há uma ocupação cada vez maior e significativa da força e da liderança feminina. Isso representa um movimento de mudança irreversível, onde homens e mulheres se encontram caminhando juntos.
Cada vez mais a gestão de pessoas comprova que é por meio da valorização das diferenças que se desenvolve uma liderança de sucesso. A diversidade é complementar e não excludente. Respeitando as diferenças se promove o intercâmbio de ideias e a realização do trabalho em conjunto, aumentando o desempenho corporativo, a concretização de resultados e a realização pessoal e profissional.
Eduardo Shinyashiki é presidente do Instituto Eduardo Shinyashiki, mestre em Neuropsicologia e Liderança Educadora, especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal. Com mais de 30 anos de experiência no Brasil e na Europa, é referência em ampliar o poder pessoal e a autoliderança das pessoas, por meio de palestras, coaching, treinamentos, formações e livros, para que elas obtenham performance extraordinária em suas vidas. Mais informações: www.edushin.com.br