Em janeiro de 2022, foram contratados prêmios no valor de R$ 50 milhões no país, ante R$ 19 mi no mesmo período do ano passado
O mercado de seguros viagem brasileiro começou 2022 de forma promissora. Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), foram contratados R$ 50 milhões em prêmios em janeiro deste ano, um crescimento real de 141% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 19 milhões).
Em 2021, o mercado já tinha apresentado melhoras em relação ao ano anterior, devido à retomada das viagens, que foram muito impactadas com o início da pandemia de covid-19, em março de 2020.
O ano passado fechou com uma contratação total de R$ 338 milhões em prêmios, um crescimento real de 27,3% em relação ao ano anterior, quando os prêmios somaram R$ 242 milhões.
Em 2021, os valores desembolsados pelas seguradoras (R$ 176 milhões) também voltaram a cair e ficar abaixo dos prêmios contratados, depois da alta de sinistros em 2020 (R$ 373 milhões), que superaram os prêmios naquele ano.
Apesar disso, os prêmios contratados em 2021 ainda ficaram abaixo dos níveis pré-pandemia, já que, em 2019, esses valores chegaram a R$ 592 milhões.
Para Marilberto França, CEO da Affinity, empresa especializada em seguro viagem, no entanto, se a tendência de janeiro se mantiver ao longo de 2022, neste ano o setor pode se aproximar dos patamares pré-pandemia ou até superá-los.
“Temos registrado uma alta procura pela contratação do seguro viagem. O brasileiro, mais do que nunca, entende a importância de viajar protegido. A pandemia mudou a forma como grande parte das pessoas entendem o seguro. Se antes muitos consideravam item extra, hoje ele é essencial. Nossos planos com cobertura para o coronavírus são os mais buscados desde o seu lançamento” revela.
A Affinity registrou em 2021 um crescimento de 857% em comparação com 2020. Somente nos dois primeiros meses de 2022 as vendas já chegam perto de todo o resultado de 2020. “Isso deixa evidente a retomada. Não temos porque duvidar que teremos meses excelentes até dezembro. A nossa aposta é de chegar aos níveis pré-pandemia”, conclui França.