O consumo de medicamentos sem a devida prescrição médica é um hábito comum da população brasileira que pode trazer riscos à saúde, ainda que pareça ser a solução simples e imediata para o alívio de uma dor. A MAPFRE Saúde alerta sobre a necessidade de contar com a orientação de um profissional qualificado inclusive para remédios que não exigem receita para comprar.
“Vale lembrar que mesmo aqueles medicamentos isentos de prescrição podem levar a reações adversas”, afirma o doutor Roberto Cury, responsável técnico da MAPFRE Saúde. “Com a orientação de um médico, é possível ter em casa analgésicos e antitérmicos para casos corriqueiros, mas sempre sob orientação de um especialista e prestando atenção aos efeitos colaterais e à validade.”
Um dos perigos da automedicação é a intoxicação. De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os medicamentos são responsáveis por mais de 30% das intoxicações humanas no país e ainda podem desencadear alergias.
Mas esse é apenas um dos perigos da automedicação, que também pode mascarar sintomas e dificultar ou atrasar o diagnóstico correto de determinadas doenças. Há ainda problemas de administração inadequada, com doses e posologia erradas e interações medicamentosas – quando um remédio anula ou potencializa a ação do outro.
É necessário ler a bula, uma ferramenta essencial para o uso correto de remédios. “O impresso traz informações relevantes como princípio ativo, indicações, dosagem, reações adversas e interação com outros medicamentos”, explica Cury. “Se o paciente suspeitar de um novo sintoma que apareça após a ingestão de determinado medicamento, deve procurar atendimento adequado”, orienta.