O IRB(Re) fechou o terceiro trimestre de 2023 (3T23) com lucro líquido de R$ 47,7 milhões. Os números, divulgados hoje (09/11), mostram evolução do ressegurador, com resultado positivo pelo terceiro trimestre consecutivo. Houve alta de R$ 346,5 milhões, com reversão do prejuízo líquido de R$ 298,7 milhões registrado no 3T22. Em relação ao segundo trimestre desse ano, o crescimento é de 137%. No acumulado do ano, a companhia obteve lucro líquido de R$ 76,4 milhões, alta de R$ 668 milhões ante os nove primeiros meses de 2022 (9M22).
“Poderíamos resumir nossos resultados em uma palavra: consistência. Os números são coerentes com a nossa estratégia e indicam evolução gradual e contínua. Trabalhamos para gerar resultados sustentáveis, no longo prazo. É importante dizer que, neste trimestre, reunimos nossos principais executivos para pensar o futuro da companhia. Em novembro, vamos finalizar o Orçamento Base Zero para 2024. Estamos focados em soluções de proteção da sociedade em diferentes aspectos, que serão materializadas no Plano de Negócios. Com isso, definiremos o volume e a velocidade de crescimento que desejamos para o IRB nos próximos anos, com a meta de rentabilidade sendo o ponto de partida. Continuamos, assim, cada vez mais próximos de nossos clientes e investidores, criando intimidade e melhorando nossos processos e a qualidade de nossos serviços”, comenta Marcos Falcão, CEO do IRB(Re).
Resultado de subscrição positivo
O resultado de subscrição do 3T23 foi positivo em R$ 10,8 milhões, registrando alta de R$ 550,1 milhões em relação ao 3T22, quando foi apurado valor negativo de R$ 539,3 milhões. Vale destacar que, neste 3T23, assim como nos dois trimestres anteriores, o resultado de subscrição no Brasil foi positivo: passou de R$ 270,9 milhões negativos, no 3T22, para R$ 64,4 milhões positivos. Já no exterior, no 3T23, o resultado de subscrição foi negativo em R$ 53,6 milhões. No acumulado do ano, a companhia apurou resultado de subscrição positivo em R$ 49,9 milhões, revertendo o resultado negativo dos nove primeiros meses de 2022, de R$ 1,296 bilhão, e apontando uma tendência de recuperação na operação.
Em linha com a estratégia de melhoria na qualidade de subscrição da companhia, o prêmio emitido total caiu 18,4% no 3T23 ante o mesmo período de 2022, alcançando R$ 1,967 bilhão. No 3T23, a participação de negócios firmados no Brasil teve alta, alcançando 85% do portifólio. Esse percentual era de 69% no 3T22. Em relação ao volume, houve recuo de 3,7% na comparação com o 3T22, para R$ 1,674 bilhão. O prêmio emitido no exterior, que representou 15% do portifólio, totalizou R$ 293,3 milhões no 3T23, o que representou queda de 56,4% em relação ao 3T22.
“Voltamos nosso foco para o Brasil e para a América Latina, onde conhecemos os riscos, as necessidades do mercado, as coberturas, as exposições, a sinistralidade e suas exposições catastróficas. Um passo à frente, refinamos nossa estratégia, adotando práticas diferenciadas para países com diferentes necessidades e oportunidades tais como Peru, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Bolívia e México. E, o mercado global continua sendo analisado, mantemos a estratégia de desenvolver negócios não proporcionais, sem assumir grandes exposições catastróficas”, explica Daniel Castillo, vice-presidente de Resseguros do IRB(Re).
“Podemos observar uma redução do prêmio total do 3T22 para o 3T23. Essa redução é decorrente da limpeza de carteira, que foi acelerada nos negócios renovados em 2023. Embora tenhamos aceitado novos negócios, declinamos alguns não rentáveis e reduzimos a participação em outros, sempre com o objetivo de ter uma carteira com melhor qualidade e mais rentável. Renovamos 86% de todos os negócios que desejávamos manter e seguimos com uma carteira diversificada em nove linhas de negócios. Em relação à distribuição de negócios, nos 9M23, a linha patrimonial segue como destaque, com 35% da carteira”, completa Castillo.
Índice de sinistralidade cai 42,8 p.p.
No 3T23, o sinistro retido total caiu 54,5%, em relação ao 3T22, fechando em R$ 630,8 milhões. Com isso, o índice de sinistralidade passou de 116,8% para 74%, uma queda de 42,8 p.p.. No acumulado do ano, esse índice é de 75,2%, redução de 33,1 p.p. frente os 9M22. A companhia melhorou o índice combinado – que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas – em 44,7 p.p., passando de 156,1%, no 3T22, para 111,4% no 3T23. Considerando os 9M23, o índice combinado também apresenta evolução, passando de 143,7%, nos 9M22, para 110,2% agora.
“Ao compararmos o 3T23 com o 3T22, verificamos a redução do índice de sinistralidade. Vale a pena lembrar que a sinistralidade resulta dos contratos firmados em períodos anteriores. Dessa forma, depende dos processos de avaliação de risco quando eles são apresentados, assim como da adequada precificação. Cremos que as ações já citadas – como ajuste de preços, redução de exposições com cancelamento ou diminuição de participações em diversos contratos, além do alinhamento de condições comerciais e modificações técnicas nos negócios renovados – contribuem para a evolução deste índice”, explica Castillo.
Evolução do fluxo de caixa
Em relação ao caixa operacional, no 3T23, houve evolução do fluxo de caixa, com consumo menor de R$ 192 milhões, comparado a um consumo de R$ 789 milhões no 3T22. No acumulado dos últimos 12 meses, ou seja, de setembro de 2022 a setembro de 2023, o consumo foi de R$ 554 milhões. Apesar de ainda negativo, já apresenta uma tendência de recuperação no longo prazo.
“O consumo de caixa operacional continua em linha com o nosso planejamento. Com a estratégia de limpeza da carteira e, portanto, redução de prêmios recebidos, e ainda honrando sinistros de monta referentes a riscos assumidos em anos anteriores, é natural que haja este consumo de caixa”, diz Rodrigo Botti, vice-presidente Financeiro, Atuarial e Tecnologia do IRB(Re).
As despesas gerais e administrativas, no 3T23, totalizaram R$ 75,8 milhões, um decréscimo de 13,5% em relação aos R$ 87,6 milhões verificados no 3T22. Nos 9M23, a despesa totaliza R$ 250,4 milhões, alta de 5,5% frente os R$ 237,3 milhões dos 9M22. Vale lembrar que o montante de 2023 considera despesas não recorrentes de R$ 7,9 milhões com o PDV e R$ 25,4 milhões com o acordo assinado com o DoJ e SEC, excluindo esse impacto, o valor recorrente nos 9M23 é de R$ 217,1 milhões.
O resultado financeiro e patrimonial, no 3T23, foi positivo em R$ 182,9 milhões, 5,6% superior ao resultado do 3T22 (R$ 173,2 milhões). Nos 9M23, o acumulado é de R$ 424,1 milhões. “Neste trimestre, o resultado financeiro e patrimonial foi praticamente o dobro do trimestre anterior, quando apuramos R$ 95,8 milhões, e o maior desde o segundo trimestre do ano passado. Em relação à carteira de ativos financeiros, fechamos o 3T23 com R$ 8,5 bilhões”, explica Paulo Valle, diretor-geral da IRBAsset, braço de investimento do ressegurador.
Suficiência nos indicadores regulatórios
O IRB(Re) deve observar dois indicadores regulatórios, conforme dispõe normativo da Susep, órgão responsável pela supervisão do setor de seguros e resseguros: Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado em relação ao Capital Mínimo Requerido (CMR) e o Índice de Cobertura de Provisões Técnicas. No 3T23, a companhia apresentou suficiência em ambos os índices.
“O primeiro indicador fechou o 3T23 com suficiência de R$ 589 milhões, ou seja, 50% acima do capital requerido, o melhor patamar desde setembro de 2021. O indicador de suficiência de garantia encerrou o trimestre com suficiência de R$ 608 milhões”, diz Thais Peters, diretora de Controles Internos, Riscos e Conformidade do IRB(Re).
A Análise de Desempenho completa está disponível no site de Relações com Investidores da companhia (www.ri.irbre.com).