O Instituto de Longevidade MAG, uma associação sem fins lucrativos que estuda os impactos socioeconômicos do envelhecimento e oferece soluções em prol da Longevidade Financeira da população brasileira, lançou no fim de março, a “Cartilha de Crédito Consciente”.
A projeção feita pelos bancos para a expansão da carteira de crédito neste ano mostrou nova redução, passando de 7,6% para 7,4%, com revisão para baixo em praticamente todos os segmentos, mostra a Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas de novembro. Já para 2024, a projeção da carteira total foi novamente revisada para cima, de 8,1% para 8,3%. A alta foi puxada pela carteira com recursos direcionados (de 7,8% para 8,5%), especialmente pessoa física (de 7,9% para 9,1%). Já a projeção para o crescimento da carteira livre caiu de 8,4% para 8,2%.
De acordo com Gleisson Rubin, diretor do Instituto de Longevidade, ao recorrer ao crédito, lidamos com recursos que não são nossos e devem ser devolvidos com juros. “Nos tempos atuais, com as movimentações na Selic, qualquer aquisição feita à base do crédito tem um custo alto. Isso porque juros maiores também encarecem a taxa de captação do dinheiro pelos bancos, que repassam esse custo para o consumidor. Na prática, comprar em prestação, financiar um carro ou uma casa, ou usar dinheiro do cheque especial, ou do cartão de crédito pode arruinar um orçamento se não houver planejamento adequado e muita consciência no uso do crédito”, complementa o executivo.
A Cartilha
O material, apresentado de forma simples e acessível, com dicas, ilustrações e cores, explica que o crédito pode ser usado para o bem, desde que a tomada de decisão não seja feita impulsivamente, mas de forma consciente. O mesmo empréstimo que pode ajudar a abrir um negócio e ganhar receita também pode arruinar as finanças se não for usado corretamente ou se houver imprevistos no meio do caminho para os quais não esteja preparado.
Segundo Gleisson, o crédito consciente implica em um movimento necessário para cada indivíduo avaliar se realmente precisa do crédito. “Caso a resposta seja afirmativa, é crucial que o aposentado saiba escolher a melhor opção, comparar taxas e estabelecer limites de parcelas saudáveis”, concluiu.