No mês de fevereiro, a demanda por seguros de automóveis registrou crescimento de 9,4% na comparação mensal. O resultado do mês foi ajustado proporcionalmente à quantidade de dias úteis do mês. Sem a alteração, o indicador recuou 15,56% na comparação com janeiro. “Além de fevereiro já ser um mês menor, este ano tivemos o feriado de carnaval o que provoca uma distorção dos dados”, explica Daniel Gusson, head comercial de Seguros da Neurotech, empresa responsável pelo Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS). O indicador mede mensalmente o comportamento e o volume das consultas na plataforma da empresa pioneira em soluções de inteligência artificial aplicadas a seguros e crédito.
Em termos anualizados, o INDS apresentou aumento de 16,33%. “Vale lembrar que o feriado de carnaval caiu no meio do mês, entre os dias 20 e 21, enquanto no ano passado, foi entre 28 e 01 de março, afetando apenas um dia de fevereiro”, observa Gusson.
Todos os Estados analisados separadamente pelo índice apresentaram crescimento anual. O ranking de altas ficou assim: Rio Grande do Sul (8%), Paraná (6,76%), Minas Gerais (5,63%), São Paulo (4,65%) e Rio de Janeiro (3,37%). Em relação ao mês de janeiro, todos os estados recuaram por conta da redução de dias úteis. As maiores quedas foram registradas no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que apresentaram retração acima de 20%. Em São Paulo e Paraná, a retração da demanda ficou acima de 14% e em Minas Gerais a queda foi de 11,76%.
Criado em fevereiro do ano passado, o índice é baseado em volume de cotações e veio da demanda do setor em ter um indicador confiável que demonstrasse qual o apetite do brasileiro em assegurar o seu veículo. “O INDS dá um direcionamento do momento do mercado, o que impacta na estratégia das seguradoras, pois mensura todas as consultas de cotações feitas na nossa plataforma. É preciso ponderar que nem todas as propostas são efetivadas, pois a aceitação da apólice depende de n variáveis de risco que vão impactar no seu valor.”, ressalta Gusson.
Ele acredita que a demanda deve crescer este ano, mas de forma moderada, pois ainda há o comprometimento da renda dos brasileiros e a venda de novos veículos é impactada pela elevada taxa de juros, que aumenta o custo dos financiamentos.