Depois de uma queda de 80% de um total de 200 mil carros que estavam dedicados a essa modalidade de negócio, as locadoras de automóveis voltaram a detectar um aumento na demanda por aluguel para motoristas de aplicativos de 25% no mês de julho.
O movimento está longe de alcançar os níveis pré-pandemia, mas já é considerado satisfatório pela ABLA – Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis. Segundo a entidade, o impacto da pandemia foi ainda maior no aluguel diário para turismo de lazer e de negócios, com retração de 90% na oferta de 480 mil veículos voltados para esse nicho, mas também neste segmento já pode ser observada uma recuperação de 15% a 20%.
O presidente do Conselho Nacional da Associação, Paulo Miguel Junior, acredita que o pior cenário para as locadoras já passou. “Agora, estamos enxergando uma retomada, mais acelerada em algumas atividades, como a terceirização de frota, na qual tivemos até mesmo um incremento nos contratos. Empresas estão deixando de lado a manutenção de frotas próprias para fazer caixa com esses ativos”, afirma.
Em função da menor oferta das montadoras, que interromperam sua produção em virtude das medidas de isolamento social para evitar a propagação da epidemia, as locadoras já projetam também o aumento na idade média da frota, que hoje gira em torno de 14,9 meses, mas deve passar para 18 a 20 meses até o final de 2020.