A proteção, ainda subcontratada no Brasil, contempla um aparato de serviços e assistências emergenciais que resguardam o motorista em casos de acidentes envolvendo terceiros
Quando estamos no trânsito, também somos responsáveis por ele e pelos danos causados em eventuais acidentes. Mais do que uma preocupação com prejuízos materiais, uma situação inesperada pode acontecer e causar danos corporais e morais irreversíveis.
O que parte da população brasileira ainda desconhece é que a chamada cobertura de Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos (RCF-V) resguarda o condutor do veículo sobre diversos aspectos. Para falar sobre a proteção, a Bradesco Auto/RE, empresa do Grupo Bradesco Seguros, convida seu Superintendente Executivo e especialista em mercado segurador, Carlos Oliva.
Mas, afinal, o que é o RCF-V e qual a sua finalidade?
O RCF trata-se de uma proteção opcional que existe para cobrir danos causados a terceiros. Por definição, são aqueles que se encontram fora do veículo. Ele pode ser contratado como um complemento ao seguro básico ou compreensivo e engloba três categorias:
- Danos materiais: contempla o pagamento das despesas necessárias para o conserto dos carros envolvidos no sinistro e até mesmo de fachadas e postes destruídos em colisões;
- Danos corporais: Em caso de acidente, em que o condutor seja o culpado pelo ferimento, morte ou invalidez de um terceiro, a cobertura garante a indenização dos gastos que essa pessoa venha a ter com pensionamento, custos judiciais e honorários de advogado, serviços hospitalares ou, caso ocorra o falecimento, arca com prejuízos financeiros decorrentes dos citados eventos, não compreendendo os danos estéticos;
- Danos morais: cobre indenizações judiciais e extrajudiciais que o segurado possa ser condenado a pagar por danos morais ou estéticos.
Dados da SUSEP, sobre a cobertura de RCF e do Sindipeças, sobre frota circulante, mostram que no Brasil, apenas 14,5% da população tem a proteção contratada. Vale lembrar que, a cobertura de Danos Corporais funciona como um complemento ao seguro DPVAT, que é um seguro obrigatório. “Atualmente, a média do valor contratado para a cobertura de danos a terceiros varia por região, porém é considerada baixa. Analisar o custo-benefício que a proteção pode oferecer é essencial porque, com certeza, na hora do sinistro, os custos serão bem maiores do que seria desembolsado na contratação do seguro”, destaca.
Algumas vezes, os custos com indenizações e despesas médicas podem levar o motorista à falência com dívidas por toda a vida, e até se envolver um processo judicial. “Sendo assim, o Seguro de Responsabilidade Civil para Veículos torna-se indispensável para qualquer condutor”, conclui.