Para Bruno Foresti, comprar aos poucos, conseguindo assim uma taxa média, sempre é a melhor maneira de evitar perdas muito grandes
O torcedor brasileiro que pretende ir ao Catar para acompanhar a Copa do Mundo deve planejar a compra da moeda local, o rial. Faltando menos de um mês para o maior evento esportivo, a tendência, segundo Bruno Foresti, Superintendente de Câmbio do Banco Ourinvest, é que a cotação da divisa siga em alta nos próximos dias.
“O Rial tem se valorizado bastante nos últimos meses e a tendência é seguir se valorizando até 20 novembro, início da Copa. O ideal é nunca deixar para a última hora, principalmente por conta dessa valorização. Não existe um melhor momento para adquirir a moeda. Comprar aos poucos, conseguindo assim uma taxa média, sempre é a melhor maneira de evitar perdas muito grandes”, recomenda Bruno.
Para o especialista, é mais vantajoso já levar rial comprado daqui do Brasil por uma questão de comodidade. Além disso, trocar reais por dólares ou euro para só então trocar pelo rial no Catar pode significar uma perda de dinheiro, visto que a moeda brasileira está perdendo valor e o câmbio segue instável. “Muitos lugares e restaurantes aceitam cartões de créditos, porém é sempre recomendado ter dinheiro local para taxi e para usar em lojas do Souq Waqif (centro comercial de Doha) uma vez que algumas delas só aceitam dinheiro local”, acrescenta.
Foresti lembra que ainda os custos na compra da moeda em espécie incluem o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 1,10% mais o spread do vendedor da moeda. Diante disso, levar o rial pode ser mais vantajoso que o uso do cartão pré-pago. Isso porque no caso da moeda em espécie haverá uma única conversão, de real para rial, enquanto o cartão pré-pago, além do IOF de 6,38%, geraria duas conversões de real para dólar e, depois, para o rial.
A estimativa do especialista é que, por baixo, o turista tenha um gasto diário somente com alimentação e algum passeio de US$ 100,00. Apesar das vantagens da compra do rial, o viajante pode levar dólar, que é amplamente aceito no Catar e um cartão de crédito internacional para usar em imprevistos. “Não existe uma proporção, mas o ideal é que se o viajante tiver sobra de dinheiro da viagem, esta sobra seja em dólar ou euro que são moedas com mais liquidez na troca por reais no Brasil”, diz.