No encontro, o vice-presidente Cristiano Saab divulgou dados do bom desempenho da seguradora e os detalhes no novo produto dirigido ao público de alta renda.
O Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) recebeu a Seguros SURA em seu tradicional almoço, no dia 3 de setembro, no Circolo Italiano. Recepcionado pelo mentor Evaldir Barboza de Paula e diretoria do CCS-SP, o vice-presidente de Canais, Vendas & Subscrição, Cristiano Saab, apresentou dados do bom desempenho da seguradora, portfólio de produtos e uma novidade: o Auto Único SURA. Anunciado com exclusividade no encontro, o novo produto, ainda em fase de testes, é dirigido ao público de alta renda.
Acompanhado do diretor Comercial Ricardo Vaz e de outros membros da equipe da seguradora, Saab fez uma breve apresentação da Seguros SURA, que iniciou atividade na Colômbia, há 75 anos, e hoje está presente em nove países. Segundo ele, a seguradora conta com participação acionária da Munich Re, além do próprio Grupo SURA, e figura como única empresa do setor financeiro a ser incluída no Índice de Sustentabilidade Dow Jones. Em 2018, as receitas da Seguros SURA na região cresceram 3,6%, somando US$ 5,1 bilhões. Atualmente, a seguradora conta com uma carteira de 18 milhões de clientes e emprega 18 mil funcionários na América Latina.
No Brasil, a SURA passou a operar em 2016 como parte de um processo de expansão regional. Hoje, a seguradora conta com mais 300 funcionários distribuídos em escritórios nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba e Goiânia, que atendem todo o território nacional. Saab destacou o reconhecimento conquistado pela SURA no ano passado, como a 7ª melhor empresa para se trabalhar dentre 100 multinacionais na América Latina e a 1ª no ranking de seguros. Com foco em seguros de bens pessoais e pessoas, e seguros corporativos como Transportes, Frotas e para PMEs, a SURA se classifica como seguradora multilinha.
No ano passado, a SURA cresceu 20% e faturou mais de R$ 700 milhões em prêmios emitidos. Neste ano, a meta é superar esse patamar de crescimento. “Nossa estratégia de nicho e de operar com relevância nos canais tem funcionado bem”, disse Saab. Segundo ele, a estratégia da empresa é investir em ferramentas digitais e em novas soluções focadas nas necessidades dos clientes, mantendo o relacionamento pessoal com os corretores de seguros. “A SURA precisa ser relevante para o corretor e este para a SURA”, disse.
Novo produto
Com atuação em todos os segmentos de clientes, a Seguros SURA decidiu criar um produto exclusivo para clientes de alta renda. O Auto Único SURA, anunciado durante o encontro no CCS-SP, entrará em operação como projeto-piloto no período entre outubro de 2019 a março de 2020 no estado de São Paulo. O público-alvo é o de empresários ou profissionais acima de 35 anos, donos de veículos com até três anos de uso e valor igual ou superior a R$ 180 mil. No período de teste, o produto será comercializado por um seleto grupo de 12 corretores parceiros da SURA.
O Auto Único SURA se diferencia do seguro automóvel tradicional por diversos atributos, a começar pelo foco no dono do veículo. Tanto é que o acionamento do serviço de assistência 24 horas, por exemplo, pode ser feito pelo cliente até mesmo para veículos de terceiros. “Se o cliente pegou carona em um veículo e o pneu furou, ele pode chamar a sua assistência, porque este serviço foi concebido para o conforto dele, e não do veículo”, explicou Saab. Dentre outros diferenciais estão a verba de locomoção, que substitui o carro reserva, e a cobertura para dano de imagem.
No final da sua apresentação, o vice-presidente da SURA recebeu da diretoria do CCS-SP uma placa de agradecimento. “Anunciamos o nosso produto aqui em primeira mão e estamos felizes, porque esta é uma casa que sempre nos acolhe muito bem”, concluiu Saab.
Normas que afetam a categoria
Durante o evento, o diretor do CCS-SP Nilson Moraes comunicou que a entidade retomará a pesquisa que pretende traçar o perfil dos seus associados. “Será rápida, 7 a 8 perguntas”, disse. Também se pronunciou o diretor de Fiscalização do Ibracor, Paulo Meinberg. Ele informou que a entidade autorreguladora da categoria adiou o recadastramento de corretoras pessoa jurídica e, ainda, que a emissão de carteirinhas foi suspensa até que a Susep contrate novo fornecedor.
Meinberg reforçou a condição de parceria do Ibracor com o corretor de seguros, apesar de sua função fiscalizatória. “O Ibracor pode auxiliar o corretor, por exemplo, em caso de multa”, disse. Em seguida, ele alertou os corretores a acompanharem a consulta pública de novas normas da Susep que podem afetar a categoria. Uma delas, torna imediata a suspensão do registro desses profissionais em caso de irregularidades na atualização cadastral. Outra norma em consulta pública (edital nº 8/2019) dispõe sobre a conduta de seguradoras e corretores no relacionamento com o cliente, prevendo, entre outros, o uso de cliente oculto.
O 1º secretário do Sincor-SP, Marcos Abarca, aproveitou o ensejo para informar que o presidente Alexandre Camillo e o vice-presidente Boris Ber estavam naquele momento em Brasília, justamente para tratar da questão. O mentor do CCS-SP, Evaldir Barboza de Paula, disse que a pedido do Sincor-SP forneceu seu parecer sobre a minuta, classificando-a como “inadequada pela forma imposta e pela punibilidade extrema, em caso de suposta infração”.
Além de questionar o conhecimento do cliente oculto para analisar o desempenho dos corretores de seguros, o mentor também manifestou sua preocupação com as consequências das altas multas. “As multas são severas e podem inviabilizar a continuidade de corretoras de seguros tradicionais e longevas, obrigando muitas delas a fecharem suas portas. Haverá mais desempregados nas ruas deste país”, concluiu.