Mostra da associação beneficente da Allianz Seguros incentiva domínio das artes e cultura cidadã

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A Associação Beneficente dos Funcionários do Grupo Allianz (ABA) desenvolve habilidades complementares à escola por meio das artes

Um projeto de iniciativa privada que busca complementar atividades escolares está colhendo resultados além da esfera educacional. Foi o que apontou a Mostra de Artes Visuais e Digitais realizada pela Associação Beneficente dos Funcionários do Grupo Allianz (ABA), localizada na comunidade de Santa Rita, no bairro de Cangaíba, na zona Leste de São Paulo, para encerrar o primeiro semestre de estudos de crianças, adolescentes e adultos que frequentam o local.

Cerca de 440 obras retratavam as emoções dentro do tema “Sentidos”, com colagens, pinturas, desenhos, produções digitais e em um programa interativo, como um jogo de computador, criado por meio do sistema de programação Scratch, linguagem criada em 2007 pelo MIT especialmente para que crianças de sete a 11 anos criassem seus jogos. Na ABA, crianças e adolescentes aprendem inicialmente a lógica da programação para desenvolver seus trabalhos e avançam nesta aprendizagem chegando à Unity.

Também ficou a cargo do Núcleo Digital o desenho dos figurinos que serão usados pela turma de dança na apresentação de fim de ano. Matheus Paulo Costa de Souza, 12 anos , aprendeu a desenhar o vestuário no Photoshop e Corel Draw. “Eu fiz alguns desenhos das roupas, usamos as cores que combinavam e mandamos para a impressão. Eu gosto de mexer nesses programas porque consigo editar fotos, mudar cores. Eu já sabia um pouquinho e não tudo”, contou.

As técnicas, porém, misturam-se a comportamentos e criam nos participantes uma cultura cidadã refletida no trabalho exposto. “As habilidades desenvolvidas aqui não ficam restritas à arte. O nosso projeto é baseado em criar noções técnicas, educacionais e de civilidade. Para compor essa mostra, eles tiveram que aprender sobre disciplina, comprometimento, planejamento, prazos, trabalho em equipe e resiliência”, comenta Eduard Folch, presidente da Allianz Seguros.

Para retratar o tema proposto, as obras traziam cores vibrantes, texturas com o uso de lantejoulas e botões e o desafio de mostrar a realidade da comunidade a partir de uma inspiração artística. Com base nas obras do pintor René Magritte, que trazia a torre Eiffel em seus cenários, os adolescentes pintaram a comunidade de Cangaíba com a emblemática caixa d’agua de pano de fundo. Nas obras estudadas de Roberto Delaunay e Henri Matisse, os grupos também trabalharam a criatividade e as diferenças nos retratos de personagens em tons de pele e cenários inexistentes.

O aprendizado lúdico, com formas e cores, contribui para uma formação inconsciente da análise crítica dos participantes, ultrapassando o ensino educacional e técnico para criar uma nova cultura entre eles. “Colocar crianças, adolescentes e adultos em contato com a arte faz com que a gente aumente o repertório de conhecimento e a percepção crítica de cada um, aguçando a vontade de aprender e a habilidade de transformar ideias em realidade”, comenta Rose Oliveira, diretora da ABA.

São essas percepções que fazem a diferença na formação dos estudantes. Norma de Souza, professora de artes da Escola Estadual República do Uruguai, onde parte dos adolescentes da comunidade de Cangaíba estuda, esteve na exposição para prestigiar o trabalho. “Eu percebo que os alunos que frequentam o projeto desenvolvem melhor noções de educação, respeito, as competências sociais e emocionais e têm melhor desenvoltura, comportamento e mais criatividade”, ressalta.

Esse também foi o aprendizado de Geovanna Ketlen de Jesus, 15, que entrou na ABA aos seis anos. “Eu gosto muito de artes por causa das aulas, mas, além dos desenhos, aprendi aqui como me comportar melhor, ter modos, falar e me apresentar. Tenho certeza que isso vai me ajudar no futuro”, disse a monitora que recebia os visitantes e os apresentava as obras damostra.

A Associação Beneficente dos Funcionários do Grupo Allianz atua há cerca de 24 anos na comunidade de Santa Rita, com atividades complementares à escolar dividas em Núcleo Infantil (de 4 a 6 anos), de Convivência (7 a 11 anos), Digital (12 a 15 anos) e grupo de adultos e da terceira idade em aulas de informática

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