O presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – Fenaprevi, Edson Franco, participou como convidado especial do 9º Encontro do Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), realizado na manhã desta quinta-feira (01.12), em Belo Horizonte/BH. O executivo ministrou a palestra “Seguros de Vida e de Previdência Privada: Desafios e Tendências” para os que estiveram presentes e para a audiência via canal do CSP-MG no Youtube.
Franco começou destacando a evolução dos seguros de pessoas cujos prêmios, no período de 2011 a 2021, cresceram, em média, 10% ao ano. Ele comparou o segmento ao ramo de veículos. “Em 2011, o seguro Auto era maior que o de Vida. Hoje, em termos financeiros, o Vida está 30% – 40% maior”. O executivo acrescentou que existe um nível progressivo de conscientização da população acerca da importância desse tipo de seguro”.
O presidente da Fenaprevi apresentou dados da pesquisa encomendada pela Federação ao Instituto Datafolha, no final de 2021, que evidenciam uma mudança de comportamento das pessoas em relação à proteção – que ganhou força com a pandemia da Covid-19. De acordo com o estudo, quando questionados sobre o que fizeram ou estão fazendo para proteger a si e a família contra situações adversas, 17% dos entrevistados contaram ter contratado um seguro. Destes, 6% escolheram o de Vida.
Ainda sobre a crise sanitária, Franco lembrou do que considera “uma atitude honrosa das seguradoras”, a de cumprir com os pagamentos das indenizações motivadas pela doença mesmo diante da cláusula de exclusão de cobertura em pandemias. “Tenho muito orgulho em dizer que faço parte de um grupo de líderes de mercado que tomou a decisão mais difícil e corajosa, de não utilizar o instrumento técnico-jurídico perfeito para negar a assunção dos sinistros pela Covid-19. Não havia outra decisão que nos deixasse dormir tranquilos”, enfatizou.
Por outro lado, alertou que apesar da evolução do mercado e do cenário positivo de crescimento, o país ainda não atingiu o verdadeiro potencial que possui. Para ilustrar, apresentou dados do mercado internacional que demonstram que embora seja a 12° maior economia do mundo, no quesito participação dos seguros de pessoas e de previdência privada aberta o Brasil fica atrás de países com PIBs relativamente próximos. O país figura como 37º no ranking da OCDE quanto à participação dos prêmios de seguros de pessoas na economia
Expectativa para o futuro
Edson Franco comentou que superada a fase crítica da pandemia da Covid, agora as empresas seguradoras se voltam para o desafio do envelhecimento da população. O presidente alertou que em 25 anos teremos 60 milhões de pessoas com mais de 60 anos, e que embora o aumento da expectativa de vida seja uma boa notícia, é preciso estar atento aos desafios.
Ele aponta nessa direção consequências diretas no mercado de trabalho e na Previdência Social, que adianta que não terá condições de manter os mesmos níveis de benefícios atuais para a aposentadoria. Tal quadro, no entanto, representa uma oportunidade para o Setor.
O Papel do Mercado
Superados diversos obstáculos que surgiram com a pandemia, como a digitização e digitalização dos processos de trabalho, a ampliação dos canais e a reinvenção do próprio modelo de atendimento, Franco destacou que existe um sentimento de orgulho bastante comum entre os colegas do Setor. “Nunca pudemos fazer tanto pelas famílias brasileiras como no período pandêmico”, afirmou.
Ele enalteceu a missão que cada profissional do segmento pode e deve desempenhar. “A gente nunca percebeu, tão claramente, a diferença que pode fazer na vida de uma família. E qual é o nosso papel? Qual valor estou devolvendo para a sociedade?”, questionou. E respondeu: “É o de alertar, conscientizar e de levar conhecimento e informação para que as pessoas entendam a importância de se proteger a renda”, salientou.
Nesse sentido, defendeu a capacitação com excelência da força de trabalho para que possa oferecer uma verdadeira assessoria de riscos, e para que a comunicação seja em linguagem apropriada com os consumidores, promovendo assim, também, as culturas securitária e previdenciária.
Logo após a palestra, Franco participou de uma mesa de debate com o presidente do CSP-MG, João Paulo Moreira de Mello, e outros representantes de entidades do mercado, como Juliana Queiroz, do SindSeg MG/GO/MT/DF, Carmem Ribeiro, do Clubcor-MG, e Jefferson Chadid, do Sincor-MG. A mediação foi do diretor do CSP-MG, Maurício Tadeu Barros Morais.
Assista à íntegra do 9° Encontro do CSP-MG em: https://www.youtube.com/watch?