No dia 11 de outubro, o Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros debateu o painel “Os Desafios da Saúde Suplementar no Brasil”, em um painel mediado pela advogada e corretora de seguros, Érika Brandão Gleicher. O debate contou com a participação do presidente da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, Paulo Rebello Filho, do presidente da FenaSaúde, Manoel Peres, do diretor do Departamento de Regulação Assistencial e Controle da Secretaria de Atenção Especial à Saúde, Carlos Amilcar, e da presidente da SulAmérica Saúde e Odonto, Raquel Reis.
Érika Brandão Gleicher iniciou abordagem com foco nas dificuldades do setor, por conta do eterno dilema da economia, uma vez que estamos lidando com o nosso bem-estar. E ao mesmo tempo, dependendo de recursos finitos para isso. “As escolhas se tratavam de como e onde alocar estes recursos, considerando que há mais titulares deste direito do que recursos disponíveis. Abordei também as dissonâncias entre o judiciário e a saúde suplementar quanto aos limites contratuais, o novo rol exemplificativo e as dificuldades financeiras das operadoras de saúde diante do desconhecimento do que estão realmente cobrindo”.
Paulo Rebello chamou atenção para a hiperjudicialização que afeta tanto o setor público quanto o privado. “É importante que o corretor esteja capacitado e conheça as normas do setor para ajudar a reduzir a judicialização”, disse, ressaltando que uma atuação mais técnica pode evitar litígios desnecessários.
Para Manoel Peres, presidente da Federação Nacional de Saúde – FenaSaúde, intermediou o diálogo ao citar a regulamentação de quem comercializa os planos e seguros de saúde. “A especialização do vendedor de planos de saúde, do corretor de planos de saúde, que desde que a saúde suplementar foi transferida para a regulação da Agência Nacional de Saúde. Com a saída da SUSEP, a venda de planos de saúde não tem mais uma regulamentação. É importante falarmos sobre o assunto”.
Raquel Reis compartilhou dados alarmantes: em 2022, as fraudes no setor de saúde somaram cerca de R$22 milhões. Ela enfatizou a importância do corretor, como um intermediário no diálogo para reforçar a conscientização em relação ao uso do seguro.
Carlos Amilcar Salgado defendeu um modelo de saúde que preze pelo equilíbrio entre o público e o privado. “As trocas de experiências entre esses dois setores são fundamentais para garantir a eficiência do sistema”, concluiu. Ele reforçou que a cooperação pode ajudar a enfrentar os desafios estruturais que o setor de saúde enfrenta atualmente.