A força do transporte durante a pandemia

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O ano de 2020 será um divisor de águas na vida de bilhões de pessoas, ao redor do planeta. Nada mais será como antes. Por isso, precisamos ser resilientes e entender que um mundo novo está se abrindo e é fundamental estarmos preparados para essa mudança.

No meu caso, nunca imaginei que tivéssemos que mudar, em tão pouco tempo. Ao longo da vida, pandemia para mim remetia à gripe espanhola em 1918, jamais poderia imaginar que participaria de situação parecida. Com o avanço da ciência e tecnologia nunca pensei que algo assim pudesse acontecer novamente.

Passei por diversas adversidades e procurei sempre tirar os melhores ensinamentos de cada uma delas. Antes de criar a Buonny, por exemplo, tive várias experiências como industrial e comerciante e vivenciei diversas crises no Brasil; em todas elas precisei ser resiliente e saí mais forte. Hoje, com mais de 70 anos e, em meio à atual pandemia, tenho a certeza de que também sairemos dessa.

Essa certeza que me acompanha também tem a ver com o trabalho que desenvolvo. Afinal, há 25 anos no mercado de gerenciamento de riscos, já vi muita coisa acontecer no Brasil, vi inclusive a mudança dos roubos a bancos migrarem para o roubo de cargas.

Por isso, sempre procuramos estar à frente da marginalidade e procurando ser mais ágeis do que eles. E isso só é possível graças à tecnologia e, claro, a pessoas comprometidas com resultados. Sem a evolução tecnológica, seria bem mais difícil viver, inclusive, desde que comecei minha primeira empresa, com 18 anos, acompanhei todas as mudanças e sempre valorizei todas elas, pois precisamos evoluir e melhorar processos e conceitos.

Justamente em razão disso, sempre fui a favor de buscar soluções inovadoras em todos os meus negócios. Graças à essa conduta, hoje e em meio à pandemia, podemos trabalhar e contribuir com a economia e com as atividades essenciais para a população brasileira, inclusive procurando manter ao máximo todos os postos de trabalho em nossa empresa.

Para mim, é um orgulho saber que podemos ajudar o Brasil a ser abastecido, apesar de vivermos um período tão turbulento, em função de um vírus que driblou a ciência, a medicina e a tecnologia.

Tivemos a oportunidade de cuidar de cargas valiosas, como testes de Covid-19 e equipamentos para profissionais da saúde. Também conseguimos identificar muitos clonadores de documentos, que prejudicam motoristas honestos e que precisam trabalhar.

Mas problemas acontecem e lidamos diariamente com eles. Isso é gerir riscos. Algo pode acontecer a qualquer momento e temos que estar atentos e preparados para as mais variadas situações.

Graças a esse espírito, seguimos nossa caminhada. Logicamente, tem sido muito desafiador não só para nós, mas para o planeta.

Novo mundo

Mais uma vez, a resiliência torna-se primordial para passar por esse momento, assim os resultados mudam e podemos nos adequar ao novo.

No caso do transporte de cargas e da logística, por exemplo, se adaptar a situações novas já faz parte do nosso dia a dia. Nosso mercado já sofreu tanto, que hoje encaramos qualquer desafio. Felizmente, hoje contamos com a tecnologia que permite ajudar muito a nossa atividade.

Por meio da tecnologia, as pessoas terão novas atividades e poderão se habilitar para outros trabalhos, que estão surgindo e ainda surgirão em função dessa mudança no mundo, ou seja, a inovação não é vilã, mas sim um agente transformador.

Ainda teremos turbulências e não sabemos por quanto tempo, pois infelizmente a adaptação de alguns setores será mais demorada do que outros, mas com tudo isso, tiramos uma lição: temos que olhar para o futuro sempre e cada vez mais com foco no ser humano e na coletividade.

Portanto, se unirmos resiliência, tecnologia, ciência, prevenção e respeito pelo próximo, teremos um mundo melhor e criaremos uma nova realidade. Esse, sem dúvida, será o tom para as próximas décadas e já estamos preparados para o novo mundo.

* Cyro Buonavoglia, 71 anos, com vasta experiência em comércio e indústria, cursou Administração de Empresas pela Faculdade Dom Pedro II; atuou nas áreas de indústria e comércio e é um dos fundadores da Buonny Projetos e Serviços, há 25 anos, que se transformou em um conglomerado de empresas, que busca atender com eficácia o mercado nos segmentos de logística, saúde, tecnologia e energia fotovoltaica. O executivo também fundou as entidades: GRISTEC e SINDIRISCO. Atualmente como Presidente do Grupo Buonny, sua principal meta é avançar com o crescimento das empresas que compõe o grupo, por meio de investimentos em tecnologia, que vão melhorar a qualidade dos produtos e serviços prestados.

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