Por Rossana Costa, diretora da GEO
Uma das maiores preocupações das administradoras de imóveis diz respeito à manutenção do seu inventário de unidades, sejam as que estão à venda, disponíveis para locação ou alugadas. Danos causados por eventos climáticos são alguns dos exemplos que preocupam esse segmento e segundo dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), o número de indenizações causados por temporais e outros desastres aumentou 60% nos dois primeiros meses de 2019 em relação ao mesmo período de 2018.
Se no ano passado R$ 46 eram pagos em reparo de danos de cada R$ 100 arrecadados em apólices com coberturas para alagamentos, inundações e danos por raios, neste ano o valor subiu para R$ 74. Assim, imobiliárias e administradoras necessitam de atenção especial para as condições de seus imóveis, inclusive aqueles que estão desocupados – de acordo com o Secovi-SP, o tempo médio para que um apartamento residencial tenha o seu contrato de aluguel assinado é de 37,1 dias em julho de 2019. O IVL (Índice de Velocidade de Locação) para as casas na cidade de São Paulo é de 29,1 dias – número que sobe para 48,6 dias no caso de residências com três dormitórios.
Uma solução para cobrir esse tipo de risco é o DFI Imobiliário, versão do seguro de Danos Físicos ao Imóvel ou Multirisco voltado para esse tipo de imóvel, incluindo os que estão desocupados. O produto oferece maior flexibilidade ao cobrir prejuízos causados por incêndios, queda de raios, explosão, inundação, alagamentos e desmoronamentos. Além de itens específicos como a possibilidade de indenização por perda de aluguel e a cobertura de móveis embutidos, quebra de vidros e janelas e danos elétricos da fiação estrutural. Todas essas vantagens são possíveis devido ao fato de ser uma apólice personalizada para esse público alvo.
Para ser capaz de oferecer um seguro desse porte, é fundamental o trabalho de identificar as demandas de um mercado segmentado, como é o caso das administradoras de imóveis. A maior utilização de análise de dados e ferramentas de Big Data auxiliam nesse processo, e também facilita o desenvolvimento de soluções em parceria com seguradoras comprometidas com essa nova visão de seguros. Esse trabalho conjunto torna-se a base para atingir um número maior de clientes.
O uso da tecnologia também se faz presente na operação dessa oferta. A velocidade de análise que uma plataforma digital é capaz de oferecer permite uma taxa única aplicada sobre o valor de avaliação dos imóveis, independente da ocupação ou tipo de construção, além de uma cotação mais rápida, eliminando a necessidade de uma quantidade mínima de unidades seguradas para a abertura da apólice. Sem contar a facilidade no cadastro do risco, através de um faturamento mensal ajustável e exclusivo.
Com esse exemplo, podemos imaginar quantas soluções de seguro podem ser comercializadas para públicos específicos de forma simples, com abrangência nacional e acessíveis por meio da internet. Mas para obtermos um resultado satisfatório, devemos incluir o restante dos elementos da cadeia do seguro, como seguradoras e corretores, e conectá-los a uma solução digital. Todos juntos para levar a inovação junto ao maior público possível, considerando sempre a importância do conhecimento técnico em seguros, que deve permear o desenvolvimento de todas as soluções para esse segmento do mercado.