No balanço do primeiro dia, o Rio Innovation Week alcançou a sua meta de público, com dezenas de milhares de visitantes, que acompanharam as conferências, lotadas em sua maioria, e viram novidades surpreendentes apresentadas pelos expositores.
Entre os muitos destaques, estão:
– Em “O Futuro do dinheiro: Como a inovação está mudando o mercado financeiro e os impactos na América Latina”, na Plenária RIW, uma das debatedoras, Nathalia Arcuri, fundadora do Me Poupe!, destacou as dificuldades e potencialidades do continente: “Infelizmente, 70% da América Latina não tem a oportunidade de ter acesso a empréstimos e nem moedas digitais. E são justamente as criptomoedas que irão ajudar a remover todas essas fronteiras para que as pessoas que possam construir um mundo mais visionário. A aposta da tokenização é transformar e simplificar o futuro”. Participaram também Fabrício Tota, VP de Novos Negócios do Mercado Bitcoin, Alena Afanaseva, CEO da BeInCrypto, e Aline Fernandes, jornalista.
– Em “O Processo Artístico: ancestralidade e novas tecnologias”, na BRIFW Moda e Beleza Digital, o artista Novíssimo Edgar afirmou que “a arte é para provocar algo, gerar mudança, transformação, que seja uma abertura de mente”. Matheus Leston, também artista, lembrou outro aspecto importante da arte: “No momento em que você espera que as coisas podem ser resposta, vem a pergunta e dá uma rasteira”. Estiveram com ele Zaika dos Santos, CEO e fundadora do Afrofuturismo Art e STEM, e Angélica Mari, CEO de Futuros Possíveis.
– Em “Inovação em ação”, conferência da Conecta Varejo, Martha Gabriel, CEO da Future Now Strategies, deu uma aula sobre “Inovação em ação”. Ela lembrou que “quando a tecnologia muda, o mundo muda e os problemas, também”, ao mesmo tempo em que ressaltou que a inovação não deve ser limitada à invenção e precisa estar associada à solução de um problema, para ser percebida como necessária pelo público.
– Em “A Era da inteligência colaborativa – Porque a criatividade não pode ser artificial”, na Plenária RIW, Fábio Seidl, diretor Global de Desenvolvimento Criativo da Meta, destacou que “conhecimento e imaginação são a chave do sucesso para mergulhar na inteligência artificial -sempre com consistência”. Ele ressaltou que “inovar é sobre pessoas” e sugeriu que devemos “parar de pensar como máquinas e repetir fórmulas só porque elas funcionam”.
– Sidarta Ribeiro, biólogo e neurocientista, e Adana Kambeba, médica e pesquisadora, trataram em “Mente: Conexões Entre a Ciência e os Saberes Tradicionais na Compreensão da Mente”, na Ciência para Todos, de questões como a relação entre elementos culturais do povo Kambeba com a medicina ocidental. Também neurocientista e na mesma Ciência para Todos, Suzana Herculano afirmou, em “Desvendando o Cérebro Humano: Novas Descobertas e Perspectivas”, que “a inteligência verdadeira é flexível e proativa, capaz de se antecipar e agir em função de valores”, o que não ocorre com a inteligência artificial.
– Em “Comida que Transforma”, na Impacto Hub, David Hertz, fundador da Gastromotiva e cofundador do Pacto Contra a Fome, disse que sua iniciativa é “um lugar de articulação, conhecimento, mobilização, um showroom de tudo o que acredito que a gastronomia pode oferecer”. Debateram com ele Daniela Maia, secretária de Turismo do Rio, e as chefs de cozinha Claudia Queiroga e Georgia Gomes.
– Em “Cinema e TV: inovação e criatividade”, na RIW Pop Tech, o produtor e diretor Daniel Filho esteve ao lado do diretor André Pellenz, diretor e autor, para falar sobre como a inovação permeou a sua história de mais de 60 anos no audiovisual. E, aos 86 anos de idade, ele mostrou que isso aconteceu literalmente, antes mesmo de começar a trabalhar em emissoras: “Eu vivi a inovação da televisão. Quando eu nasci, não existia TV. Nem preto e branco, nem em cores”.
– Em “A Sabedoria da Terra: Lições de Vandana Shiva para o Mundo”, Vandana Shiva, filósofa e ativista ambiental de destaque internacional, ao lado da mediadora Tatiana Roque, professora titular da UFRJ, afirmou: “Entendeu-se que a terra é inferior aos seres humanos, que outros seres são inferiores aos seres humanos. Eu chamo essa ideia de separação, eu chamo isso de apartheid ecológico. É a ideia de que somos separados da natureza, que a natureza existe para exploração humana. Essa separação começa a influenciar todas as partes da vida”.
– Em “Apaixone-se Pelo Problema, Não pela Solução”, na RIW Talks, Uri Levine, cofundador do Waze, afirmou que “a jornada empreendedora é como se apaixonar. A boa e a má notícia são que você não escuta ninguém quando está apaixonado e, por isso, não desapega dos seus objetivos. Primeiro, pense num problema e fale com as pessoas para entender a percepção do problema. Somente a partir daí pense na solução. Isso traz valor”. Participaram do encontro Gustavo Tutuca, secretário de Estado de Turismo do Rio de Janeiro, e Jaime Spitzcovsky, palestrante e jornalista.