A Aon plc (NYSE: AON), líder global em serviços profissionais, divulgou o mais recente relatório feito em conjunto com a TTR Data, em que o Brasil lidera o ranking de países mais ativos da América Latina em fusões e aquisições (M&A) durante o primeiro semestre de 2024. No país foram registradas 747 transações nos primeiros seis meses de 2024, uma queda de 27% em relação ao mesmo período de 2023. Para as 365 transações que tiveram seu valor revelado, o capital mobilizado foi de aproximadamente US$ 20 bilhões, uma redução de 3% comparado ao primeiro semestre do ano anterior.
“Apesar das atividades de M&A no Brasil registrarem queda neste semestre, uma análise mais detalhada das cifras revela duas tendências claras: a maioria das transações realizadas foram domésticas, permitindo que empresas menores ou concorrentes se desenvolvam em organizações maiores e aumentem sua rentabilidade, demonstrando uma busca clara por transações com maior qualidade e riscos bem mapeados através de investidores corporativos que conhecem o setor onde estão investindo. Por isso, o capital movimentado teve uma queda muito menor que o número de transações. Por outro lado, a maior transação no setor de energia do primeiro semestre ocorreu no Brasil, indicando que empresas estão buscando expandir seus negócios no país”, explicou Pedro Costa, líder de M&A e Transaction Solutions da Aon no Brasil.
Com uma operação avaliada em US$ 1,493 bilhões, a empresa de exploração e produção de petróleo e gás Enauta Participações foi adquirida pela 3R Petroleum Óleo e Gás e Maha Energy, tornando-se a maior transação do semestre na região. Em segundo lugar, outra aquisição significativa foi a da AES Brasil Energia pela Auren Energia, avaliada em US$ 1,306 bilhões.
Setores mais ativos no Brasil
As indústrias mais ativas no Brasil durante o período foram as de Internet, Software & Serviços de TI (159 negociações), Real Estate (73), Software Especializado para Indústrias (65) e Serviços Profissionais (47).
Principais países investidores
No cenário externo, os Estados Unidos continuam sendo o principal investidor no Brasil, com 77 negociações que geraram um valor aproximado de US$ 2,200 bilhões. Reino Unido segue com 18 transações avaliadas em US$ 102 milhões, e Singapura com 12 transações que representaram US$ 202 milhões. No caminho inverso, o Brasil focou seus investimentos nos Estados Unidos e no México.
Perspectivas para a América Latina
A América Latina experimentou um declínio geral no mercado de transações, registrando um total de 1.242 fusões e aquisições no primeiro semestre de 2024, tanto anunciadas quanto concluídas, o que representa uma diminuição de 26% em relação ao primeiro semestre de 2023 e um valor agregado de US$ 33,572 bilhões – queda de 16% na mesma comparação.
Atrás do Brasil, no segundo lugar do relatório, ficou o México, com 162 transações realizadas – queda de 14% em relação ao mesmo período de 2023 e uma diminuição de 42% no valor movimentado (US$ 5,849 bilhões). O Chile subiu para o terceiro lugar do ranking com 138 transações (ainda que com queda de 37%) e uma diminuição de 61% no capital movimentado (US$ 3,784 bilhões), enquanto a Colômbia desceu para a quarta posição com 124 transações (queda de 8%) e uma diminuição de 10% no capital movimentado (US$ 2,263 bilhões).
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