Flutuação é considerada normal e corretoras mantém otimismo
Estimulado pela crise que chegou ao Brasil nos últimos anos, o mercado de seguros teve uma forte aceleração. Em 2017, de acordo com dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), o setor fechou o ano com um aumento de 32% nos prêmios desses produtos, influenciado principalmente pelo aumento dos seguros de garantias judiciais. Já o mercado específico de seguros patrimoniais – que engloba a assistência para bens em geral em residências, comércios, empresas, entre outros, apresentou um aumento real mais tímido.
Já em 2018, o cenário de prêmio pouco mudou. Os dois primeiros meses de 2018 também seguiram a tendência no aumento dos prêmios. No Estado de São Paulo, os prêmios chegaram a R$ 1,2 bilhão no bimestre, um aumento tímido no total dos prêmios entre janeiro e fevereiro que indica uma retração real de 0,6% no ritmo do crescimento em relação ao mesmo período de 2017.
Essa retração é uma tendência que se confirmou nos dados referentes ao primeiro bimestre em todo o Brasil, com uma queda de 0,54%, passando de R$ 2,17 bilhões em 2017 para R$ 2,22 bilhões em 2018.
Mesmo o crescimento real estando abaixo do que seria esperado para esse momento de retomada da economia, isso não indica que o setor deve apresentar uma retração em 2018.
“O mercado de seguro é volátil, naturalmente durante todo o ano os valores dos prêmios podem oscilar de acordo com seu grupo e ramo, mas esperamos chegar em dezembro com um saldo positivo e ainda maior do que 2017”, comenta Antoine Maleh, diretor da Tailor Insurance, corretora especializada em seguros patrimoniais.
Para Maleh, a segurança de ter uma apólice, mesmo com as coberturas básicas é uma ferramenbta para todas as empresas que querem garantir o seu patrimônio.
O histórico de crescimento de seguros patrimoniais, ainda segundo o levantamento da Susep, durante o ano de 2017 teve um aumento de 0,94% em relação ao ano anterior, passando do valor de prêmios de R$ 6,6 bilhões a R$ 6,9 bilhões no Estado de São Paulo. Em relação aos valores totais do país, o aumento foi de 1,04%, o que passou de R$ 12,8 bilhões a R$ 13,4 em prêmios