A Fiat Chrysler Automóveis (FCA) é a primeira empresa na América Latina a incorporar a tecnologia do exoesqueleto ao processo produtivo. São dez conjuntos em teste nas linhas de montagem e logística do Polo Automotivo Fiat, em Betim (MG), para reduzir o esforço muscular e melhorar a condição ergonômica dos operadores da manufatura. Leve e de fácil adaptação, o sistema acompanha os movimentos do funcionário com total sincronismo.
“Adquirimos dez conjuntos para pernas, braços e tronco, fazendo com que os operadores executem as atividades com mais conforto, agilidade e qualidade”, afirma o gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da FCA para a América Latina, Cristiano Felix. Em situação de flexão, por exemplo, o peso do tronco é absorvido pelo exoesqueleto.
O investimento total ultrapassa US$ 80 mil. Após amplo benchmarking, dois conjuntos foram adquiridos da empresa suíça Noone, e funciona como uma espécie de cadeira, sustentando o peso do operador no momento em que senta. O restante é da marca norte-americana suitX.
O sistema biomecânico é vestido como um colete. Max Nunes do Santos trabalha na montagem de motores da FCA e há mais de um mês está testando o exoesqueleto para membros superiores. “Ele vai junto com a gente e carrega o peso. Estou me sentindo muito mais descansado. É como se fosse meu uniforme e já faz parte do meu dia a dia”, diz.
Em fase de expansão, novos conjuntos foram adquiridos para aplicação na planta de Córdoba, na Argentina, e na fábrica de motores de Campo Largo, no Paraná. O exoesqueleto complementa uma série de iniciativas para melhoria da condição ergonômica do operador, como os ganchos giratórios, braço mecânico, partnes, talha, entre outras.
De acordo com Felix, a aquisição do equipamento faz parte da estratégia de integrar o Polo Automotivo Fiat à Indústria 4.0, com o desenvolvimento de novas tecnologias conectadas à internet das coisas, manufatura aditiva, simulação virtual, entre outras. “Buscar soluções para que o operador execute a atividade com mais qualidade é um importante desafio que está inerente às práticas da Indústria 4.0”, completa.
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