Na live do JRS, Marcos Kobayashi disse que a maior conscientização da população e o aumento da oferta pelos corretores farão o seguro crescer.
O presidente do CVG-SP e diretor Comercial Nacional Vida da Tokio Marine Seguradora, Marcos Kobayashi, foi entrevistado pelo jornalista William Anthony, do JRS, no programa Seguro Sem Mistério, realizado no dia 7 de dezembro, com transmissão ao vivo pelo YouTube. Dentre os temas em pauta, ele abordou o crescimento do seguro de vida na pandemia, a expansão da cultura do seguro no país e as tendências e perspectivas para o ramo.
Anthony quis saber por que a procura pelo seguro de vida aumentou durante a pandemia. Kobayashi respondeu que, de forma trágica, a covid-19 e o seu legado ruim ampliou o debate sobre a morte, um tema tabu. “Hoje, as pessoas conversam abertamente sobre a morte”, disse. Segundo ele, o desejo de proteção contra os riscos de mortes e doenças fez a população comprar seguro. “As pessoas começaram a entender melhor a dinâmica do seguro e, em função disso, o mercado de vida teve um salto de produção”, disse.
De acordo com Kobayashi, na Tokio Marine, por exemplo, o seguro de vida cresceu 71,8% no primeiro semestre do ano. Já no segundo semestre, até mesmo o seguro de vida em grupo, que foi afetado pela redução dos postos de trabalho, retomou o seu crescimento. Porém, o presidente do CVG-SP observou que esse crescimento não ocorreu apenas no período da pandemia, mas anos antes. O marco, segundo ele, aconteceu em 2016, quando o seguro de vida superou a produção do ramo automóvel e, depois, em 2019, quando também ultrapassou o seguro saúde.
Sobre as tendências para o ramo, uma questão que o jornalista apresentou, Kobayashi disse que acredita em um cenário positivo, de crescimento. “Em plena crise econômica o seguro cresceu, demonstrando a resiliência do mercado. Minha projeção é que continuaremos nesse cenário”, disse.
Para Kobayashi, os bons números do seguro de vida são resultado também da rápida resposta que o mercado deu aos consumidores, ao decidir indenizar os sinistros provocados pela covid-19, apesar de a pandemia ser um risco excluído das apólices. “Até o momento, o valor das indenizações já superou R$ 15 bilhões, dos quais um terço, R$ 5 bilhões, corresponde a sinistros de covid, que não teriam cobertura”, disse.
Outro fator preponderante para o crescimento do seguro de vida, na visão do presidente do CVG-SP, foi o aumento da oferta. Com base na experiência da Tokio Marine, que aumentou o quadro de corretores de seguros ativos cadastrados de pouco mais de 3 mil, em 2014, para 16 mil em 2021, ele conclui que muitos corretores estão enxergando o ramo como oportunidade de mais negócios.
Kobayashi reconhece que atuar na área de seguro de pessoas requer estudo e empenho dos corretores. Considerando a tendência de redução da sinistralidade e a perspectiva de crescimento para o seguro de vida, ele avalia que é hora de o corretor se preparar. “O mercado é dinâmico e o corretor não pode parar de se capacitar”.