São Paulo, SP 22/4/2021 – Uma boa escolha para identificar a causa do problema é começar analisando o fluxo de caixa e avaliar para onde o dinheiro está indo
Consultor financeiro informa que o controle das finanças é um dos principais componentes que mantêm a empresa estável em momentos críticos
Com início da pandemia da Covid-19 cerca de 716.000 empresas fecharam as portas no ano de 2020, de acordo com a Pesquisa Pulso Empresa, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Segundo o instituto, do total de negócios fechados temporária ou definitivamente, quatro em cada dez afirmaram que a situação se deveu à crise financeira.
Para uma empresa retomar ao equilíbrio financeiro é necessário que tenha um bom planejamento e uma estratégia organizada, afirma Lucas Gonçalves de Lima, graduado em marketing pela Universidade Paulista de Ensino – UNIP, com foco na área de finanças. “Às vezes, a melhor opção é investir para iniciar a recuperação da empresa, o problema é que não há uma fórmula infalível, tudo depende da situação e do histórico do negócio”, diz Lucas.
Conforme o especialista em finanças, a iniciação da recuperação financeira de uma empresa falida pela crise pode ser feita a partir de sete passos. O primeiro é o planejamento financeiro, o qual vai identificar a situação financeira do negócio e os prováveis problemas que estão colocando em risco o funcionamento, para depois traçar estratégias para solucioná-los.
“A pergunta que deve orientar o diagnóstico financeiro é: o que está impedindo minha empresa de crescer? É bem comum ver empresas gastando mais do que arrecadam ou tendo receita insuficiente para cumprir com as obrigações de curto prazo. No plano de recuperação, serão traçadas ações que podem ser adotadas para sair da crise financeira. Uma boa escolha para identificar a causa do problema é começar analisando o fluxo de caixa e avaliar para onde o dinheiro está indo”, explica Lima, pós-graduado em MBA de Gestão Estratégica de Negócios pela Faculdade Metrocamp – IBMEC.
Com cursos de Recuperação de Crédito e Cobrança, Administração e Finanças de Empresas, Marketing de Negócios, Gestão de Carteira Pessoa Jurídica, Gestão de Crédito e Produtos Bancários, ativo e passivo, o gestor estratégico de negócios menciona que o segundo passo é a análise de opções, que dependendo do problema que ocasionou as dificuldades financeiras, as opções para enfrentá-las podem variar. E avisa que algumas medidas podem ser tomadas de imediato depois desse passo.
“O que pode ser feito são: diminuir o tamanho do negócio, fazer melhorias e diversificar os produtos e serviços ofertados, cortar gastos, expandir a empresa para outros locais ou trocar de ramo. Observe que recuperar a saúde financeira da organização pode requerer certo investimento, na análise você fará uma projeção do que a empresa produz e do que poderá vir a produzir em termos de capital. A avaliação também pode trazer visões totalmente diferentes, identificando a possibilidade até mesmo de buscar crédito para capital de giro”, revela Lucas.
A realização de uma reestruturação das dívidas é o terceiro passo aconselhado por Lima. Ele acredita que um dos problemas mais urgentes das empresas é o de não ter recursos disponíveis para cumprir com as obrigações financeiras. E que colocar todas as dívidas no papel ou planilha e depois classificar as que devem ser priorizadas, seja por grau de importância ou peso dos juros, é de grande importância para uma reestruturação.
“Os salários dos colaboradores, fornecedores e os tributos são alguns exemplos para serem priorizados. É necessário determinar as dívidas que não serão pagas agora e os passivos que serão renegociados, e fazer uma possível redução no quadro de funcionários, até mesmo uma revisão na precificação de produtos e serviços. É importante avaliar de tempos em tempos os resultados obtidos com essas medidas e traçar novas estratégias, dependendo dos resultados, a empresa precisará recorrer a um processo de recuperação judicial”, alerta o gestor estratégico de negócios, que também é palestrante de workshop financeiro e assessoria financeira.
O quarto passo, alega o profissional, é a renegociação das dívidas com os credores, e o momento ideal para fazer isso é antes do vencimento dos encargos, pois assim, poderão ficar mais sensíveis à dificuldade enfrentada. “No quinto passo temos a redução de custos, enquanto estiver renegociando a dívida avalie tudo o que pode ser cortado na empresa. Esse corte de custos deve ser significativo, dos menores até os maiores débitos, isso ajudará a empresa a ter mais dinheiro no caixa para sanar as despesas do curto prazo”, explana Lucas Lima, com experiência em gerenciamento de empresas e de instituições financeiras.
De acordo com o especialista em finanças, o sexto passo é reavaliar as medidas tomadas para saber quais os benefícios que podem ser alcançados e os que ainda precisa mudar mais drasticamente. E por último, ressalta o passo sete, que é colocar em prática o plano de batalha, monitorando os resultados e fazendo ajustes quando necessário.
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, para cuidar da gestão financeira de uma empresa, o empresário precisa lidar com números e informações o tempo todo. E afirma que se a empresa tem números confiáveis, consegue efetivar um planejamento adequado da gestão.
“Os passos sugeridos não te darão a certeza de trazer saúde financeira para sua empresa, mas certamente te darão um rumo a ser tomado nos negócios para poder ter o controle efetivo dos gastos. Isso traz segurança para investir e de ter um risco controlado, com uma grande perspectiva de acerto”, conclui Lucas Gonçalves de Lima, com grande experiência em gestão de carteira de pessoa jurídica, recuperação de credito e análise de riscos, gestão fiscal, contábil e financeira, análise do mercado financeiro e consultoria em investimentos.