São Caetano do Sul, SP 22/4/2021 – Nos últimos anos, ao menos nove tópicos sofreram mudanças na parte de treinamento de mídia
Mestre em comunicação, Ricardo Nóbrega falou sobre o assunto em webinar produzido pelo Portal Comunique-se
O media training mudou ao decorrer dos últimos anos. Mudanças essas provocadas, sobretudo, pela expansão da internet como meio de comunicação mundo afora e pelo surgimento de plataformas de redes sociais. Ao menos essa é a análise do especialista da área, o mestre em comunicação Ricardo Nóbrega. Ele falou sobre o assunto em evento online na última semana.
Em live produzida pelo Portal Comunique-se, Nóbrega apresentou, entre outros pontos, elementos que mostram que o serviço de treinamento de mídia contou com alterações nos últimos tempos. Durante conversa com o jornalista Anderson Scardoelli, editor-chefe do Grupo Comunique-se, o mestre em comunicação listou nove tópicos para reforçar tais modificações, o que o fez definir que estamos diante da área do media training 4.0.
De acordo com Nóbrega, nove processos mudaram na parte de media training desde o advento das redes sociais. A começar pelo nome, uma vez que esse tipo de trabalho que também passou a ser chamado de “comunicação eficiente” ou social media training. Profissionais com conhecimento em plataformas de mídias digitais ganharam espaço como responsáveis pelos treinamentos, assim como a mídia abordada deixou de ser composta somente por veículos tradicionais de comunicação (tendo que ter em vista até aplicativos como o WhatsApp).
As mudanças, segundo o mestre em comunicação, seguem com: diálogo, pois o processo de media training deixou de ser intermediado somente por jornalistas; ambiente, que passou a contar com a presença de canais digitais; implementação de linguagem informal e uso de micronarrativas; o treinamento em si, que passou a ser algo contínuo e adotado como parte da cultura organizacional de determinada empresa; e até o traje, permitindo, em certas ocasiões, algo mais casual. Por fim, há a nova definição dos porta-vozes, algo então restrito a altos executivos e que passou a dar vez a colaboradores e até embaixadores de marcas.
A questão de porta-vozes foi salientada por Ricardo Nóbrega durante a live produzida pelo Portal Comunique-se. Ele destacou, por exemplo, pesquisa desenvolvida pela revista Você S/A que reforça a importância de colaboradores serem treinados para a função. Isso porque o levantamento indicou que as pessoas confiam mais nos funcionários (57%) do que nos CEOs (55%) em relação a informações relacionadas a uma determinada empresa.
“Isso acontece porque os colaboradores vivenciam a empresa e, assim, passam credibilidade quando divulgam determinada informação”, analisa Nóbrega. “Os funcionários acabam atuando como micro-influenciadores das empresas”, conclui o mestre em comunicação.
Website: https://portal.comunique-se.com.br/9-mudancas-no-cenario-do-media-training/